Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Camila Fernanda Costa e Cunha Moraes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10042019-092726/
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Resumo: |
A obesidade, doença multifatorial, ocasiona inúmeros distúrbios no metabolismo lipídico e energético, provocando disfunção na bioenergética mitocondrial. A partir deste fato, o presente estudo teve como hipóteses que: o desequilíbrio na bioenergética mitocondrial e as alterações metabólicas causadas pela obesidade são terapeuticamente modificados com o treinamento físico. Dessa maneira, o objetivo do estudo foi avaliar a capacidade oxidativa e conteúdo mitocondrial em tecido adiposo branco, marcadores de doenças cardiosculares (esfingolipídios e N-óxido de trimetilamina, TMAO) e as alterações na composição corporal, desempenho físico e taxa metabólica de repouso (TMR) de mulheres com obesidade submetidas a treinamento físico combinado. A casuística do presente trabalho foi composta de 14 mulheres adultas jovens com diagnótico clínico de obesidade (IMC 33±3 kg/m² e idade 35±6 anos). Foram submetidas a um programa de treinamento físico combinado (exercícios aeróbios e força alternadamente, 55 min à 75-90% da frequência cardíaca máxima, 3 vezes por semana, durante 8 semanas). Todas as participantes foram avaliadas antes e após a intervenção com o treinamento, quanto a: composição corporal, TMR, oxidação de substratos (carboidrato e lipídios) e coeficiente respiratório (QR), desempenho físico, capacidade oxidativa (respiração acoplada: VADP/VOLIGO, e respiração desacoplada: VOLIGO/VCCCP) e conteúdo mitocondrial (enzima citrato sintase, CS) em tecido adiposo branco, nível de esfingolípidios, TMAO e precursores plasmáticos. Os dados foram analisados pelo test t pareado ou Wilcoxon (as pacientes foram consideradas controle de si próprio), após determinação da normalidade da amostra, considerado nível de significância p<= 0,05. Após a intervenção (treinamento físico combinado), houve o aumento da TMR, oxidação de lipídios e desempenho físico, com redução da oxidação de carboidratos e QR, mas não houve perda de peso e alteração da composição corporal. Após o treinamento combinado houve, o aumento da atividade da enzima CS (marcador de conteúdo mitocondrial) e redução à respiração desacoplada (VOLIGO/VCCCP). No plasma, o treinamento físico foi capaz de reduzir os níveis de esfingolipídios e TMAO (fatores de risco cardiovasculares). Também foram encontradas correlações positivas entre TMR, oxidação de lipídios e desempenho físico com CS e negativamente correlacionado com respiração desacoplada. Concluindo, o treinamento físico em mulheres com obesidade aumentou o metabolismo energético, com aumento da TMR, conteúdo e grau de acoplamento mitocondrial, aumentou o desempenho físico e reduziu fatores de risco cardiovasculares (TMAO), independente da perda de peso. |