Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Mizael |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-28042022-083717/
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Resumo: |
Apesar de alguns efeitos dos glicocorticóides serem necessários às respostas metabólicas durante o estresse, a exposição crônica em altos níveis destes pode apresentar como efeitos colaterais a hiperglicemia, resistência à insulina e também a atrofia muscular. O aumento nos níveis de glicocorticoides estão presentes em diversas condições clínicas e sua administração exógena, tais como tratamentos com altas dosagens de dexametasona, estão presentes em diversos protocolos clínicos. Neste cenário o suplemento -Hidroxi- -metilbutirato (HMB) apresenta-se como uma hipótese bastante promissora para contrapor os efeitos colaterais da dexametasona, por conta de sua ação anticatabólica. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil proteico em músculos e fígado de ratos sob o efeito do HMB, frente à um modelo agressivo de atrofia muscular induzido por dexametasona. Para isto foram utilizados 24 ratos, machos da linhagem Wistar, com 60 dias, distribuídos nos seguintes grupos: 1) Grupo Experimental Placebo (GEP), n=8, tratados apenas solução salina; 2) Grupo Experimental Dexametasona (GED), n=8, tratados com injeção intraperitoneal de dexametasona (1mg/kg/dia); e 3) Grupo Experimental Dexametasona + HMB (GEDH), n=8, tratados com injeção intraperitoneal de dexametasona (1mg/kg/dia) e gavagem contendo HMB (0,3g/kg/dia). Após os 10 dias de tratamento os animais foram eutanasiados para a coleta dos músculos Sóleo, Extensor longo dos dedos (EDL) e do fígado, com processamento e identificação das proteínas em seguida. No musculo Sóleo, ao comparar GEDxGEP pôde-se observar as proteínas Myosin heavy chain 2, Myosin-4, Myosin-6 e Myosin-7, todas com expressão diminuída no GED em relação ao GEP, enquanto ao comparar GEP ao GEDH também houve diminuição na expressão das miosinas do grupo GEDH. Porém, dentre as isoformas de miosinas identificadas, apenas a Myosin-6, Myosin-7 encontraram-se diminuídas. No músculo EDL, nota-se que GED e GEDH apresentaram diminuição no conteúdo de todos os subtipos de miosinas identificados, e ao comparar GED e GEDH entre si a única isoforma de miosina poupada no GEDH em relação ao GED foi Myosin heavy chain 2. No fígado o tratamento com dexametasona prejudicou a captação de glicose, induziu alteração no sistema do Citocromo P450 e induziu alteração na função mitocondrial que foi sustentada pela diminuição do ATP. Ao final conclui-se que a dexametasona induziu a perda de proteínas contráteis (miosinas) em ambos os músculos. A dosagem de HMB aplicada em nosso estudo foi capaz de evitar parcialmente a perda das miosinas no músculo Sóleo, mas não inibiu a perda de miosinas no músculo EDL. No fígado, a dexametasona induziu alterações de diversas proteínas relacionadas ao metabolismo da glicose, entretanto o HMB não foi capaz de atenuar a glicogenólise hepática induzida pela dexametasona. |