Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Aguiar, Leonardo Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-10112022-182359/
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Resumo: |
Francesco Pecoraro, escritor italiano contemporâneo em plena atividade, tem se destacado no meio da crítica literária, especialmente após a publicação de seu primeiro romance, La vita in tempo di pace (2013). Nomes importantes, como Andrea Cortellessa (2013; 2014), apontam ao caráter inexorável da história do protagonista Ivo Brandani, que se desenvolve de trás para frente intercalando uma moldura narrativa no presente com quadros da história recente da Itália. De fato, o primeiro romance de Pecoraro apresenta singular importância na obra do escritor; contudo, há nele temas, personagens, léxico e afins que já estavam presentes nos títulos precedentes do escritor, principalmente em sua primeira obra, o volume de contos publicado em 2007 intitulado Dove credi di andare. Feitas tais explanações, esta dissertação tem por objetivo apresentar Francesco Pecoraro através da análise dos sete contos que compõem o seu primeiro livro, desenvolvendo, para isso, três eixos: no primeiro, tecem-se considerações sobre a vida e a obra de Pecoraro, de modo a trazer à luz a trajetória do escritor precedente e posterior à publicação de Dove credi di andare, inclusive discorrendo sobre os seus outros livros e sobre a sua posição no cenário literário italiano contemporâneo, dos ?anos zero\' (DONNARUMMA, 2014); no segundo, passando à análise particular do estilo dos contos, busca-se pensar sobre os elementos que dão ao volume uma unidade narrativa que justifique a expressiva continuidade entre eles; e o terceiro aponta à poética do homem médio, conceito criado para demonstrar como a mediocridade dos protagonistas advém de um malestar do sujeito no tempo presente (chamado -hipermoderno? pelo filósofo Gilles Lipovetsky (2004)), herdeiro do personagem inetto, cujo arquétipo está em grande parte da obra do escritor italiano Italo Svevo (1861-1928). Chega-se à conclusão de que a obra de Francesco Pecoraro representa uma inovação que vale a pena ser trazida ao conhecimento do público brasileiro, sendo que, nas análises iniciais e inéditas que se seguem, ficarão demonstrados os três eixos supracitados, de modo que se abram novas possibilidades de pesquisa sobre a obra desse escritor no Brasil. |