Escolha bonita: DUVI-DE-O-DOVE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barbieri, Mariana Cristina Ribeiro de Mello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3685
Resumo: Considerando-se as tecnologias disponíveis, é possível afirmar que há bastante espaço para a propaganda online. Anúncios nos vídeos do YouTube parecem ter vindo para ficar, para a alegria de uns e infelicidade de outros: se, por um lado, temos as empresas confiantes no fato de que terão seus anúncios visualizados, ainda que por cinco segundos, por outro, temos o público, normalmente desinteressado nos conteúdos anunciados antes dos vídeos. Apesar do suposto conflito de interesses entre anunciantes online e telespectadores, encontramos uma campanha, organizada pela empresa internacional de cosméticos Dove, que, não só teve um generoso número de acessos, mas também, recebeu ótimo retorno dos internautas. Detectando-se o sucesso das propagandas de Dove entre o público, decidimos visitar seu site, pelo qual tomamos conhecimento do engajamento da empresa no que diz respeito ao aumento da autoestima feminina. Dove acredita que as mulheres devem ser cuidadas de dentro para fora e, por isso, investe em uma campanha original, na qual o foco predominante é a noção de beleza e suficiência. Desse modo, as mulheres são construídas, nas propagandas, como mulheres que já são belas o bastante, descartando, assim, a necessidade de superarem outras mulheres e/ou a si mesmas, para se tornarem pessoas mais valiosas. Uma abordagem tão autêntica aumentou nosso interesse na série de vídeos criados para a campanha. Assim, conduzimos uma pesquisa para analisar as estratégias de vendas das propagandas, mascaradas sob uma aura bem-intencionada e, também, a imagem que Dove criou para si. Nossa análise baseou-se na teoria semiolinguística (CHARAUDEAU 2014; 2015a) e, além dela, nós utilizamos os conceitos de representações sociais (JODELET, 2001), estereótipos (AMOSSY; PIERROT, 2004), ethos (MAINGUENEAU, 2005; 2008), linguagem verbal e linguagem não verbal (AGUIAR, 2004) (BARTHES 1990) (DELL’ISOLA, 2001) (GUIMARÃES 2003; 2000) (MONNERAT; VIEGAS 2012) . Finalmente, levamos em conta não só a importância do corpo em nossa cultura (GOLDENBERG, 2010; 2002) (ETCOFF, 2005), assim como a relevância da propaganda (MENEGUIN, 2009) (MONNERAT 2003) (VASTERGAARD, T.; SCHRØDER, K. 2000) em uma sociedade carente, que transforma a falta de identidade em falta de produtos