Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Zorzo, Renato Augusto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-28072008-211159/
|
Resumo: |
A doença renal crônica (DRC) atinge cada vez mais uma parcela significativa da população, e entre os pacientes adultos as doenças metabólicas são as principais causas, respondendo por aproximadamente 70% dos pacientes em tratamento dialítico. Porém, há poucas publicações sobre levantamento epidemiológico de DRC em crianças disponíveis na literatura. O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil clínico-epidemiológico das crianças e adolescentes com DRC atendidos pelo Serviço de Nefrologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), contemplando 22 anos de experiência. Para tanto, foram revisados 121 prontuários e coletadas 21 variáveis de cada um deles. Do total, 58,7% eram do sexo masculino, e 41,3% do sexo feminino. A média de idade de entrada foi 59,1 meses. Os pacientes menores que 5 anos somaram 62,5% do total. Os pacientes procedentes de Ribeirão Preto ou de cidades com até 300km de distância somaram 63% dos casos. As causas básicas de DRC foram: uropatias (48,8%), glomerulopatias (20,7%), displasias renais congênitas ou policísticas (7,4%), vasculopatias (6,6%), tubulopatias (2,5%), outras causas (7,4%) e causa indeterminada (6,6%). Das glomerulopatias, os tipos histológicos encontrados foram a glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) (25,0%), a proliferação mesangial difusa (PMD) (20,8%), a glomerulonefrite (GN) avançada (12,5%), a glomerulonefrite crescêntica (GNC) (8,3%) e a Síndrome de Alport (8,3%), sendo que 4,2% dos casos foram considerados indeterminados e 20,8% dos pacientes não foram submetidos a biópsia. A grande maioria dos pacientes (59,8%) tinha estatura abaixo do 5º percentil para idade e sexo no momento do diagnóstico. O tempo de seguimento clínico variou de 2 a 263 meses, com média de 67,5 meses. A creatinina sérica no momento do diagnóstico variou de 0,5 a 12,1 mg/dL, com média igual a 3,0 mg/dL. A média de RFG calculado pela Fórmula de Schwartz no momento do diagnóstico foi 27,4 mL/min/1,73m2. A maioria dos casos (62,3%) chegou ao serviço em DRC estágios 4, 5 ou em diálise. Hipertensão arterial (HA) foi detectada em 56,2% dos pacientes em algum momento do curso clínico. Acidose metabólica foi detectada em 53,7% dos pacientes no momento do diagnóstico. Do total de pacientes, 38,0% foram submetidos a tratamento dialítico, sendo as modalidades peritoneais preferidas em 80,4% dos casos. Transplante renal foi realizado em 24,8% dos pacientes, sendo as proporções de doador vivo relacionado (DVR) e doador cadáver (DC) semelhantes. A proporção de óbitos no período do estudo foi 22,3%. Dos demais pacientes, 17,4% foram transferidos para seguimento pela Clínica Médica do HCFMRP-USP, e 38,8% dos casos ainda estavam em seguimento pela Nefrologia Pediátrica em dezembro de 2005. Concluímos que a população estudada mostrou características clínico-epidemiológicas semelhantes às publicações nacionais e internacionais consultadas. |