Estudo microbiológico fecal de linhagens de camundongos, de estirpes de E. coli e do meio ambiente em biotérios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Minagawa, Clarice Yukari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-03042008-111549/
Resumo: Os camundongos têm sido amplamente utilizados na experimentação desde o século XVII, devendo sua qualidade microbiológica ser pesquisada e mantida, para evitar que eles adoeçam ou morram durante o experimento, não transmitam zoonoses e para que os resultados apresentados no experimento sejam confiáveis. A Escherichia coli faz parte da microbiota entérica dos mamíferos, podendo algumas linhagens causar infecções. As estirpes patogênicas apresentam diferentes fatores de virulência, como as endotoxinas, adesinas, enterotoxinas, fator citotóxico necrosante e as hemolisinas. Este trabalho teve como objetivos: analisar as microbiotas aeróbias bacteriana e fúngica presentes no intestino das linhagens de camundongos Swiss, C57BL/6, BALB/c, C3H/HePas, C3H/HeJ, MDX e YCx43, verificando se existem diferenças entre elas; avaliar a suscetibilidade \"in vitro\" frente aos antimicrobianos das E. coli isoladas, verificando se existem diferenças entre as linhagens; verificar a ocorrência de resistência a múltiplos antimicrobianos nas E. coli isoladas; pesquisar os fatores de virulência das E. coli isoladas, também investigando se existem diferenças destes entre as linhagens estudadas; identificar os microrganismos presentes nos diferentes ambientes em que estes animais são mantidos, verificando se existem diferenças entre eles. Os camundongos foram necropsiados e coletou-se uma pequena quantidade de seu conteúdo fecal que foi semeado nos meios de cultura BHI, ágar sangue de carneiro 5%, ágar MacConkey e ágar Saboraud dextrose. Foi realizando o antibiograma e PCR das E. coli isoladas. Realizou-se a cultura de suabes da mesa, maçaneta de porta e exterior das luvas dos funcionários. Verificou-se que as linhagens de camundongos estudadas apresentam microbiotas fecais diferentes; as estirpes de E. coli são diferentes em cada linhagem e apresentam resistência a múltiplos antibióticos, que as estirpes de E. coli isoladas não são patogênicas, que as bactérias isoladas nas salas do biotério não foram influenciadas pela microbiota fecal dos camundongos e que o monitoramento microbiológico de rotina dos animais, do ambiente e dos técnicos, e as normas de biossegurança são indispensáveis e devem ser sempre adotados e mantidos no biotério.