SINOP: a terra prometida, geopolítica da ocupação na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Vidigal, Circe da Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09122022-141323/
Resumo: Aborda a colonização privada na Amazônia matogrossense. Como estrategia geopolítica, esta modalidade de colonização, estimulada e sustentada pelos incentivos fiscais, procurou ocupar espaços vazios com projetos agrícolas capitalistas, onde se auferisse renda da terra, o que não acontecia em áreas ocupadas por posseiros e índios. Fracassado o projeto agrícola oferecido aos colonos e faltando ainda muita terra para ser vendida, o grupo empresarial pleiteou junto ao governo federal, verba para a construção de uma usina de álcool de mandioca. Em plena crise do petróleo a proposta era duplamente interessante pois produziria combustível que vinha sendo comprado em Paulínea, a 2000 km da área, sem utilizar a cana-de-açúcar, cultura responsável por enorme êxodo rural; ao contrário, aliviava as tensões sobre a terra, muito exacerbadas no sul do país. Enfatizava a finalidade social do projeto onde pequenos agricultores, plantando mandioca, teriam mercado garantido na usina e esta também, sua matéria-prima fornecida sem problemas. A finalidade do projeto empresarial foi atingida, pois todos os lotes restantes foram vendidos, tendo a usina como chamariz. A finalidade social alegada pelo empresário demonstrou-se falsa, expropriando grande parcela de lavradores: alguns voltaram para o sul, outros seguiram mais para o norte e os menos favorecidos proletarizaram-se