Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fioravanti, Alex Boso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5177/tde-13062023-144958/
|
Resumo: |
Os exames de imagem 3D e a avaliação da deformidade nasal em pacientes com fissura labiopalatina (FL/P) desempenham um papel importante no planejamento do tratamento. A rinosseptoplastia estruturada secundária garante resultados mais previsíveis e duradouros uma vez que dá maior suporte ao esqueleto nasal, tratando inclusive problemas funcionais. Assim, o tratamento da deformidade nasal nesses pacientes, consiste em melhorar a saúde física, psicológica e social. Este estudo teve como objetivo comparar duas metodologias de imagem 3D (fotogrametria e tomografia computadorizada [TC]) para avaliar as medidas bidimensionais (lineares e áreas), volumétricas e de simetria nasal (pré e pós-operatório); comparação entre efetividade do uso de cartilagem de costela e septo; além de avaliar duas escalas de qualidade de vida desses pacientes. Foram selecionados pacientes com FL/P unilateral, de ambos os sexos, submetidos aos exames de imagem citados; e que responderam aos questionários Rhinoplasty Outcomes Evaluation (ROE) e CLEFT-Q no pré e 12 meses de pós-operatório. As análises estatísticas compreenderam testes: Shapiro Wilk, teste t pareado, teste t, correlação de Pearson e os respectivos testes não paramétricos. Foi admitido nível de significância para p<0,05. As análises foram realizadas pelo software Statistical Package for Social Science (SPSS versão 22.0 [Inc. Chicago. IL]). Participaram do estudo 18 pacientes com média de idade de 27,5±7,8 anos, sendo 67% do sexo feminino. Desse total n=12 (67%) receberam cartilagem de costela e n=6 (33%) cartilagem de septo. A TC revelou mudança significante de medidas lineares, com redução significante de L1 (Distância do ponto pronasale [pn] ao ponto médio da linha interpupilar [mipl]), medida transversa da narina do lado fissurado e largura nasal no período pós-operatório, além de aumento de L5 (Distância do ponto alare laterale [al] do lado não fissurado ao ponto mediano da face [mpl] na visão anterior), L8 (Distância do ponto al do lado não fissurado ao ponto pn na visão inferior) e L11 (Distância do ponto subnasale ao ponto pn na visão inferior) no mesmo período. A fotogrametria também revelou aumento significante de L5, L11 (mm) e redução das medidas transversas das narinas lado fissurado (LF) e não fissurado (LNF) (mm). As razões avaliadas não foram estatisticamente significantes quando se comparou os dois métodos de imagem isoladamente. Contudo, as duas metodologias comparadas mostraram que tanto no pré (L2, L3, medida transversa das narinas LF e LNF), como no pós-operatório (L1, L2, L3, L4 e medida transversa das narinas LF e LNF), algumas medidas foram diferentes (p<0,05). O uso de cartilagem da costela mostrou aumento do volume do nariz dividido ao meio LF, da subida da ponta e do dorso em relação ao uso de septo, A razão LF/LNF para via aérea mostrou melhora da simetria no pósoperatório de costela (0,98±0,26) em relação ao pré (0,79±0,19; p=0,027) pela fotogrametria e pela TC. Ainda para aqueles que receberam cartilagem de costela, houve melhora da simetria no pós-operatório para razão LF/LNF do nariz sinuoso (0,99±0,11) comparado ao pré (0,97±0,12; p=0,004) pela TC. Quando se comparou as metodologias (fotogrametria e TC), houve diferença no pósoperatório para medidas lineares (L4 e L5), evidenciando maiores valores dessas medidas (mm) para pacientes que receberam cartilagem de costela no mesmo período. Com relação às narinas em área (cm2) e razão LF/LNF (todas avaliadas por TC), notou-se que o uso da cartilagem de costela proporcionou uma inversão da razão no pós-operatório das narinas (0,93±0,17) em relação ao período pré-cirúrgico (1,06±0,19; p=0,029). Com relação aos questionários de qualidade de vida, todos tiveram seus escores melhorados em ambas as ferramentas de imagem (TC ou fotogrametria 3D). As correlações entre as escalas ROE e CLEFT-Q apontaram correlações que mostraram satisfação dos pacientes (para casuística geral e quando distribuída por uso de cartilagem costal ou septal) no pós-operatório, principalmente com relação a aparência da face, do nariz e narinas, além de função social, psicológica e da fala. Em conclusão, a rinosseptoplastia estruturada secundária é capaz de modificar positivamente variáveis para medidas lineares e de volume, além de algumas razões entre o LF e LNF no pós-operatório de pacientes com FL/P. Ambas, fotogrametria e TC isoladamente, parecem apresentar acurácia para auxiliar a identificação de medidas nasais desses pacientes, contudo não são completamente equivalentes. Por fim, esta cirurgia melhora significativamente a qualidade de vida do paciente em relação à função e aparência do nariz. As escalas utilizadas apresentam acurácia semelhante e podem ser utilizadas para mensurar a satisfação de pacientes com FL/P |