Efeito da contaminação salivar na resistência de união da interface dentina/resina composta, tratada com clorexidina 0,2%

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Azevêdo, Larissa Marinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25148/tde-10032016-150129/
Resumo: O objetivo deste estudo in vitro foi analisar o efeito da contaminação por saliva na interface dentina/resina composta formada por dois sistemas adesivos (convencional de 3 e 2 passos), em dentina tratada com clorexidina a 0,2%, após 24 horas, 6 meses e 12 meses, para verificar a resistência de união (RU) e análise da interface adesiva em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) . Os espécimes foram tratados com dois tipos de adesivos Adper Single Bond (SB) e Adper Scotchbond Multi Purpose (MP) e divididos aleatoriamente em 8 grupos de acordo com o tratamento da dentina após a desmineralização com ácido fosfórico 37% por 15s. SB ou MP (controle): sem contaminação, sem clorexidina; SB-S ou MP-S: com contaminação, sem clorexidina; SB-Chx ou MP-Chx: sem contaminação, com clorexidina; SB-S-Chx ou MP-S-Chx-: com contaminação, com clorexidina. Foram utilizados 104 terceiros molares humanos hígidos: 24 para análise em MEV e 80 para teste de microtração. Para teste de RU, os dentes (n=10) foram submetidos aos procedimentos restauradores com Filtek Z250 de acordo com o grupo a que pertenciam e, após 24 horas, seccionados em máquina de corte para a obtenção dos palitos que foram alocados em grupos para a realização dos testes nos três tempos estudados (os espécimes armazenados ficram em óleo mineral). Após o teste, a RU foi calculada e as superfícies fraturadas de ambos os segmentos foram analisadas para determinação do padrão de fratura. Para análise em MEV, os espécimes (n=3) foram submetidos aos procedimentos restauradores de acordo com o grupo a que pertenciam e decorridas 24 horas da restauração, cada dente foi seccionado com disco diamantado no sentido vestíbulolingual para obtenção de fatias em torno de 0,8mm de espessura que foram divididas em dois grupos (imediato e 6 meses) e os espécimes armazenados ficaram em cloramina 1%. Cada fatia foi analisada em 3 pontos e a espessura da camada híbrida (CH) mensurada em cada um deles. As médias da RU e espessura da CH dos diferentes grupos foram submetidas à análise de variância a quatro critérios (ANOVA). Em todos os testes estatísticos foi adotado o nível de significância de 5%. Os valores médios de RU (MPa±dp: Imediato/6meses/1ano) foram: SB (17,6±3,61; 19,5±5,46; 26,5±5,4); SB-S (15,9±5,71; 17,7±2,46; 21,8±4,1); SB-Chx (13,6±3,35; 18,7±3,89; 23,6±7,7); SB-S-Chx (15,8±3,47; 19,6±5,31; 24,1±5,0); MP (13,3±4,42; 20,7±4,09; 23,7±8,0); MP-S (12,4±3,34; 16,4±4,58; 22,2±6,2); MP-Chx (14,1±4,43; 18,9±4,33; 22,6±8,3); MP-S-Chx (11,9±2,16; 15,0±4,01; 20,9±4,9). Os valores médios da CH (Média±dp: Imediato/6meses) foram: SB (2,51±0,22; 1,71±0,17); SB-S (2,04±0,21; 1,54±0,21); SB-Chx (1,89±0,27; 1,82±0,38); SB-S-Chx (2,67±0,29; 1,86±0,19); MP (2,32±0,20; 1,69±0,29); MP-S (2,53±0,32; 1,32±0,15); MP-Chx (2,58±0,22; 1,41±0,42); MP-S-Chx (1,88±0,31; 1,52±0,40). Conclui-se, portanto, que a contaminação por saliva não interferiu na RU da interface dentina/resina composta (tratada ou não com clorexidina 0,2% e com diferentes tipos de sistemas adesivos) no tempo de 24 horas, mas mostrou menores valores de RU com 6 meses e 1 ano. A contaminação por saliva na dentina tratada ou não com clorexidina a 0,2% não interferiu na espessura da camada híbrida formada pelos sistemas adesivos, no tempo de 24 horas. Entretanto, decorridos 6 meses, houve uma diferença estatisticamente significanete no fator tempo.