Microquimerismo - implicações nos testes de identifição genética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Abrão, Ricardo Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-28022024-092150/
Resumo: O termo quimerismo descreve a presença de populações de células de diferentes indivíduos em um receptor enquanto microquimerismo é usado quando essa população de célula do doador é muito inferior em número à do receptor. Esta situação pode ocorrer nos pacientes submetidos aos transplantes de medula óssea e órgãos, transfusão sangüínea e gravidez. Algumas patologias, como por exemplo anemia, talassemia e anemia aplásica deixam o paciente dependente de transfusões sangüíneas. O presente trabalho teve como objetivos: 1) saber qual a quantidade mínima de sangue, em uma mistura, necessária para se detectar o DNA contaminante pela técnica de PCR e; 2) verificar a presença de DNA do doador através da extração do DNA do sangue de pacientes submetidos à transfusão sangüínea. Utilizando-se técnica de biologia molecular, tornou-se possível a detecção de microquimerismo em pacientes que receberam transfusão sangüínea. Foi feita uma mistura dos sangues e dos DNAs, estocados no laboratório, utilizando amostras com tipagens conhecidas em volumes diferentes variando a concentração de 5% à 50% de uma amostra em relação à outra. De 30 pacientes transfundidos, sendo 18 pacientes da sala de transfusão ambulatorial e 12 transfundidos durante cirurgias cardíacas, foram colhidas amostras de sangue pré e pós-transfusão. Todas as amostras foram testadas usando a reação em cadeia da polimerase (PCR) com 10 marcadores do tipo STR sendo 5 autossômicos (vWF1, vWF2, vWA, TPOX e TH0) e 5 ligados ao cromossomo Y (DYS19, DYS390, DYS391, DYS392 e DYS393). Na mistura dos sangues e dos DNAs, quando utilizados os marcadores moleculares autossômicos (vWF1, vWF2, vWA, TPOX e TH0), foi encontrado um sinal de contaminação a partir de uma concentração maior ou igual a 10% de um sangue em relação ao outro. Quando foram utilizados os marcadores moleculares ligados ao cromossomo Y (DYS19, DYS390, DYS391, DYS392 e DYS393) a detecção do DNA contaminante (masculino) se deu a partir de uma concentração maior ou igual a 5%. O microquimerismo não foi encontrado em nenhum paciente transfundido. Os resultados demostraram que a contaminação por transfusão sangüínea não foi capaz de mascarar os resultados em quem faz teste para investigação de paternidade, resultando desnecessárias as preocupações tão comuns quanto à possibilidade de falseamento de resultados por transfusão do suposto pai.