Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Dumarco, Rodrigo Blanco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-02052022-102443/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O câncer colorretal (CCR) é a segunda causa de mortalidade por câncer em países desenvolvidos e com incidência crescente em países em desenvolvimento como o Brasil. O fígado é o órgão acometido em até 75% dos pacientes que tem doença metastática. Metade dos pacientes com CCR apresentarão metástase hepática durante a vida, sendo que 20 a 40% restrita ao fígado. Os avanços no manejo perioperatório, quimioterapia e de estratégias e técnica cirúrgica fizeram com que muitos pacientes antes tidos como inoperáveis fossem submetidos às ressecções hepáticas com ganho de sobrevida e chances de cura. OBJETIVOS: Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico e fatores prognósticos de pacientes com quatro ou mais metástases hepáticas de adenocarcinoma colorretal (MHCCR). MÉTODO: Coorte retrospectiva de pacientes com diagnóstico de MHCCR com quatro ou mais metástases submetidos a ressecção hepática com intuito curativo entre janeiro de 2000 e julho de 2019. RESULTADOS: Foram realizadas 1230 ressecções hepáticas das quais 617 em pacientes com diagnóstico de MHCCR. Destes, 145 pacientes apresentavam quatro ou mais metástases e foram submetidos ao tratamento cirúrgico. O tempo de seguimento médio foi de 36,2 meses. A sobrevida global média foi de 77 meses e a sobrevida média livre de doença foi de 30,3 meses. A probabilidade de sobrevida global e livre de doença em 5 anos foi de 40,6% e 18,1%, respectivamente. O número de metástases não impactou a sobrevida global. O maior número de metástases implicou em maior risco de recidiva, impactando negativamente na sobrevida livre de doença. A presença de linfonodos comprometidos na doença primária, CEA > 20ng/ml, ressecção R1, uso da ablação por radiofrequência associada à ressecção e maior número de metástases foram fatores independentes de piora da sobrevida livre de doença. CONCLUSÕES: O número de metástases hepáticas não alterou a sobrevida global, porém teve impacto negativo na sobrevida livre de doença. A maior probabilidade de recidiva da doença ocorreu quando presentes os seguintes fatores prognósticos: CEA > 20ng/ml, ablação por radiofrequência, N+ do tumor primário e ressecção cirúrgica do tipo R1. A ressecção de múltiplas metástases hepáticas pode propiciar sobrevida a longo prazo (5 anos) em 40% dos pacientes apesar de apenas metade destes estar livre de doença |