Avaliação histopatológica e imunohistoquímica da encefalopatia em gatos infectados experimentalmente pelo vírus da imunodeficiência dos felinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Haibara, Denise
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
FIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-26092012-160229/
Resumo: Para avaliar a encefalopatia em gatos infectados experimentalmente pelo vírus da imunodeficiência dos felinos, foram obtidas amostras de encéfalo após necropsia de nove gatos previamente inoculados pelo subtipo B do vírus e monitorados por quatro anos. As amostras foram fixadas em formalina 10% para coloração em Hematoxilina-eosina, e em metacarn para avaliação análise imunohistoquímica. Através da técnica de imunohistoquímica, as lâminas de encéfalo foram incubadas com anticorpos específicos para os antígenos Proteína Glial Fibrilar Ácida (GFAP) e Vimentina para marcação de astrócitos e com anticorpos para a proteína p24 do capsídeo viral do FIV. Nas lâminas marcadas para GFAP foram observados astrócitos em substância branca e cinzenta em quantidade moderada, sugerindo astrocitose reativa. Houve marcação mais evidente da região subpial e em alguns animais das regiões perivasculares. A marcação para vimentina mostrou raras células distribuídas pelo neurópilo e forte marcação de astrócitos na região subependimária nos ventrículos laterais e IV ventrículo, o que pode indicar um aumento da proliferação e migração de células tronco. Também foram observadas alterações como: nódulos gliais, vacuolização da substância branca, satelitose e focos de calcificação de meninge. A satelitose indica a presença de processo degenerativo em desenvolvimento. A marcação para a proteína p24 confirmou a presença de células microgliais infectadas. Raros astrócitos com marcação citoplasmática foram vistos em apenas um animal. Curiosamente, houve marcação dos neurônios da camada granulosa do cerebelo. Esta técnica deve ser mais bem explorada para o uso em diagnóstico post mortem. Esses resultados sugerem que os animais infectados experimentalmente pelo FIV subtipo B apresentam alterações microscópicas mesmo na ausência de sinais clínicos neurológicos.