Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Sparapani, Valéria de Cássia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-26042010-103536/
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Resumo: |
O adequado manejo do DM Tipo 1 tem se tornado um desafio, principalmente para as próprias crianças, em virtude da presença de comportamentos, habilidades e conhecimentos inadequados que colaboram para a não adesão ao tratamento e para aumento de complicações em longo prazo. Estudos têm demonstrado que compreender as experiências de vida das crianças nos seus diversos espaços, valorizando-as e buscando maior aproximação com as mesmas, pode contribuir para a partilha do conhecimento sobre o manejo do diabetes e para o maior envolvimento da criança no cuidado. O objetivo deste trabalho foi compreender, na perspectiva de crianças com DM Tipo 1, os fatores que interferem no manejo da doença. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória. Participaram do estudo 19 crianças. Utilizamos a entrevista semiestruturada e, como recurso facilitador da comunicação com a criança, os fantoches. Esses brinquedos foram confeccionados pelas próprias crianças e criou-se, também, um cenário que ilustrou e complementou a utilização dos fantoches no dia da entrevista. A análise dos dados empíricos foi feita por meio da análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram a compreensão do que é ser criança com diabetes e dos fatores relacionados à sua existência, como seus sentimentos e percepções. A compreensão da interação da criança com os conhecimentos que possui sobre a sua doença, sua inserção no processo do autocuidado, as habilidades desenvolvidas e os recursos disponíveis para lidar com as demandas da doença constituem fatores que interferem de forma positiva ou negativa no manejo da doença e merecem ser foco de atenção dos profissionais de saúde. Todos esses elementos atuam dinamicamente nos espaços do cotidiano da criança, tais como o familiar, o escolar, o de amizades, o de lazer e o dos serviços de saúde, atuando como fatores que fragilizam ou potencializam o manejo da doença. O apoio de familiares, amigos, professores e profissionais de saúde que compartilham as experiências de ser uma criança com diabetes mostrou-se essencial para o alcance do adequado manejo. Além disso, o conhecimento adquirido por estes atores e pela própria criança interfere diretamente no manejo do DM Tipo 1. Os resultados deste estudo evidenciam ações que visam a fortalecer o trabalho da equipe multidisciplinar no cuidado da criança com diabetes e apontam cenários de atuação que podem ser incrementados pelos profissionais de saúde. O enfermeiro ocupa posição privilegiada para identificar e operacionalizar ações apropriadas ao estágio de desenvolvimento da criança e às suas necessidades, em todos os espaços em que vive, atuando, assim, em consonância com todos os envolvidos em prol do sucesso do manejo da doença. |