Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Adriana Cristina Pavoni de |
Orientador(a): |
Nunes, Cristina Brandt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3023
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Resumo: |
A doença crônica na adolescência pode ser definida como uma situação que altera o funcionamento do corpo do adolescente em longo prazo, requer assistência e acompanhamento por profissionais de saúde. O diabetes é uma condição crônica grave, de evolução lenta e progressiva, que necessita de tratamento intensivo e orientação adequada, que permitam prevenir ou retardar as complicações agudas e crônicas da doença. O adoecimento na adolescência é um fenômeno causador de várias modificações, podendo significar para o adolescente um não ser igual. O adolescente geralmente vivencia essas mudanças em diversos aspectos de sua vida, experimentando novos sentimentos e emoções, complicações na saúde física, mudanças comportamentais e restrições sociais. Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo compreender a experiência do adolescente com o diabetes mellitus tipo 1. Trata-se de uma pesquisa qualitativa fenomenológica na perspectiva de Merleau-Ponty. Participaram do estudo quinze adolescentes com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1, atendidos no ambulatório de diabetes do Centro de Especialidades Médicas, pelo programa Diabetes Infanto-Juvenil do município de Campo Grande/MS. A coleta de dados deu-se por meio da utilização de entrevista e questão norteadora: “conta para mim, como é para você ter diabetes na sua idade?”. Os discursos foram reproduzidos exatamente como foram expressos e, após a transcrição na íntegra, foram realizadas repetidas leituras, extraindo-se, assim, as unidades de significado e, posteriormente, as categorias e os temas que expressam o fenômeno. Os temas: tendo a vida modificada pelo diabetes mellitus e manejando a vida a partir do diabetes mellitus expressam a experiência do adolescente com diabetes mellitus. Para ele, o diabetes é um fenômeno que modifica a sua vida, causa impacto, impõe limitações, é chato, ruim, causa medo, é uma experiência difícil, que o faz sentir-se diferente. Para conviver com essa condição crônica, o adolescente precisa manejar a sua vida a partir da doença, tentando se adaptar a ela e sendo ajudado pela família e amigos. A busca por desvelar a experiência do ser-adolescente-com diabetes mellitus permitiu ampliar a compreensão de sua experiência a partir de si mesmo, aproximar do seu mundo-vida e percebê-lo em sua totalidade, com seus sentimentos, percepções e vivências. Deseja-se com este estudo dar visibilidade à experiência do adolescente com diabetes, a fim de possibilitar a organização dos serviços de atendimento, de ações voltadas às suas demandas bem como a proposição de políticas públicas em saúde voltadas ao adolescente com diabetes. O enfermeiro pode motivar o adolescente a adquirir conhecimentos e a desenvolver habilidades para incorporar as mudanças de hábitos impostas pelo diabetes, visando ao controle metabólico e melhor qualidade de vida. Desta forma, respeita-se a essência do ser adolescente, que se depara com uma condição diferente da qual estava habituado antes do diagnóstico. Tal condição exige adaptações que restringem a sua autonomia. Conhecer o adolescente e o diabetes é relevante para a compreensão das singularidades que compõem essa fase da vida e que, associadas à condição crônica, trazem implicações de grande significado para ele. Essa compreensão propicia ao profissional da saúde o contato, a escuta e a aproximação com o ser-adolescente-com diabetes, estreitando os laços. Esse entendimento terá grande valor no cuidado prestado a esse adolescente. |