Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Gonzales, Karen Liliana Osorio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-08102014-181151/
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Resumo: |
Este estudo tem por objetivo investigar o procedimento parafrástico em redações de vestibular com base na hipótese de que nos textos analisados os distintos tipos de procedimentos parafrásticos empregados permitem vislumbrar diferentes concepções de língua no ensino da escrita. Desse modo, as reformulações do tipo paráfrase discursiva produzidas pelos escreventes, a partir dos posicionamentos históricos presentes nos textos da coletânea, constituem um mecanismo dialógicoargumentativo. O trabalho se fundamenta no conceito de paráfrase proposto pela corrente teórica da Análise do Discurso de linha francesa. De forma específica objetiva-se: a) investigar a ocorrência das chamadas paráfrase linguística e paráfrase discursiva em redações de vestibular em que a proposta de escrita é direcionada pelos textos da coletânea; b) analisar a paráfrase discursiva tomando-a como um procedimento dialógico-argumentativo no texto dissertativo; c) apontar razões para as ocorrências de reformulações parafrásticas encontradas. A presente investigação partiu de uma amostra de 205 redações das quais 137 apresentaram ao menos uma paráfrase de uma das filiações sócio-históricas veiculadas nos textos da coletânea fornecida na prova de redação do vestibular da FUVEST/2006. Das 137 redações que exibiram formulações em relação de paráfrase com os textos da coletânea, 77 delas apresentaram paráfrases do tipo linguística e 60 paráfrases do tipo discursiva. Os resultados obtidos mostraram que, de fato, na produção do texto dissertativo a reformulação parafrástica do tipo paráfrase discursiva funciona como um mecanismo argumentativo na articulação das formações discursivas veiculadas pelos escreventes. Nessas redações verificou-se que a paráfrase discursiva atualiza os discursos dos textos da coletânea nas novas condições de produção. Por sua vez, constatou-se que a reformulação parafrástica do tipo paráfrase linguística constitui um elemento que compõe o quadro das condições de produção da escrita escolar, o que tomamos como um indicador de que, nesse tipo de procedimento parafrástico, a concepção normativa da língua orientou a maioria dos escreventes |