Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Hasegawa, Marcos Minoru |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-17092003-140355/
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Resumo: |
Os Modelos Aplicados de Equilíbrio Geral (modelos AEG) são úteis para analisar o impacto de políticas do governo sobre a economia de um país sem perder os detalhes em nível setorial. Os modelos AEG inter-regionais fornecem detalhes adicionais em nível regional, o que é interessante para a análise de políticas públicas para o Brasil que tem diferenças econômicas e sociais em nível regional. Dessa forma, o Modelo Inter-regional para a Economia Brasileira - MIBRA foi trabalhado para analisar as políticas econômicas e sociais propostas pelo governo federal, com mandato de 2003 a 2006. Além do objetivo de analisar as políticas públicas brasileiras, o tratamento endógeno do investimento foi incorporado no modelo MIBRA, o que permite melhorias nos resultados tanto para a análise de estática comparativa como para a dinâmica recursiva. A hipótese básica verificada neste trabalho é que as propostas de políticas apresentadas pelo novo governo federal são efetivamente realizadas se existir uma combinação do aumento dos investimentos e gastos públicos com o aumento da produtividade dos fatores de produção. O modelo MIBRA foi trabalhado com 16 setores e cinco macrorregiões brasileiras. Foram utilizados a matriz inter-regional brasileira de 1995 e dados obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do Banco Central do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas e de vários trabalhos de pesquisas. O teste de homogeneidade mostrou que o modelo é consistente. Os resultados apontam que um aumento nominal do salário de 5,5% piora a situação da economia brasileira tendo como cenário a aplicação das propostas do novo governo. O aumento dos gastos do governo e dos investimentos privilegiando as regiões Norte e Nordeste não é tão eficiente, em termos de crescimento econômico em nível regional e nacional, quando se compara com a situação de aumentos dos gastos públicos e dos investimentos realizados de forma menos concentrado entre as regiões. Isso mostra que a regiões Sudeste e Sul devem crescer juntamente com as demais, pois a maior parte dos insumos e bens de capital necessários para a produção nas regiões menos desenvolvidas é proveniente das regiões mais desenvolvidas, especialmente da região Sudeste. O aumento da produtividade dos fatores de produção é importante para a efetiva realização das política públicas propostas pelo novo governo federal. A combinação do aumento de investimentos e gastos do governo com aumento da produtividade dos fatores de produção podem garantir o desejado desenvolvimento e crescimento sustentado da economia brasileira no médio e longo prazos. Ou seja, consegue-se aumentar a produção real, o consumo real, diminuir desemprego, manter inflação e a necessidade de financiamento do governo sob controle. A política para desenvolvimento e crescimento sustentado deve garantir que parte dos gastos do governo seja convertida tanto em melhorias sociais como em aumentos da produtividade do trabalho. Os modelos AEG inter-regionais são instrumentos poderosos para a formulação das políticas públicas de um país como o Brasil que precisa resolver os problemas das diferenças econômicas e sociais nos níveis setorial e regional. |