A participação social na implantação do projeto Rostos, Vozes e Lugares em Guarulhos/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Broide, Emília Estivalet
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-06042011-152331/
Resumo: O presente estudo tem como objetivo analisar a participação social na implementação do projeto Rostos Vozes e Lugares no município de Guarulhos/SP Buscou-se compreender quem são os atores sociais envolvidos, identificar como olham para o lugar onde vivem, para os problemas e as potencialidades, quais seus sonhos e quais as formas de participação assumidas. Para tanto, os referenciais teóricos seguidos são do campo da psicanálise, da sociologia e da saúde coletiva. Este estudo constitui-se em uma pesquisa qualitativa, desenvolvida através da metodologia de estudo de caso. Foram analisados textos científicos, documentos, relatórios e arquivos produzidos durante o desenvolvimento do projeto. Para aprofundar a análise foram realizadas 27 entrevistas em profundidade a representante de cinco segmentos presentes no desenvolvimento do projeto (gestores, trabalhadores, usuários, representantes de entidades e representante da iniciativa privada). Estas entrevistas foram gravadas, transcritas e após analisadas. A partir da análise dos elementos emergentes surgidos nas entrevistas os conteúdos foram reunidos em três categorias: 1. Reconhecimento do outro; 2. Território e políticas públicas; 3. Redes Sociais, intersetorialidade e sustentabilidade. Concluiu-se que estas categorias revelam os sentidos e os significados da participação para os entrevistados apresentando os desafios da participação, os motivos que os levam a exercê-la, bem como os impasses existentes. Ficou evidenciada a necessidade da criação permanente de dispositivos participativos que ajam de forma integrada no território e estimulem o exercício do protagonismo dos diversos atores na esfera pública, visto que a participação ainda é exercida de forma frágil na medida em que muito dependente das atividades criadas no projeto. O RVL constitui-se um dispositivo que possibilita incrementar a participação social, visto que se propõe a dar voz e vez aos diversos atores que compõe o território, entretanto é necessário incrementar formas de sustentabilidade das ações desencadeadas neste processo, a fim de que as práticas possam efetivamente se constituir em ações de transformação social