Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Igor Renato Louro Bruno de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-30082021-145624/
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Resumo: |
Introdução: Atualmente uma grande parte dos procedimentos cirúrgicos efetuados para o tratamento das mais diversas doenças são realizados com o emprego do vídeo. Apesar dos grandes avanços tecnológicos alguns problemas ainda atrapalham esta via de acesso. Um deles é o acúmulo de resíduos à frente da lente objetiva da óptica cirúrgica atrapalhando a visão do cirurgião. Para resolver o problema Abreu et al. (2015) desenvolveram um dispositivo, posteriormente chamado de LacrimaSurg, que funciona como um canal lacrimal da óptica prevenindo o embaçamento e acúmulo de resíduos na mesma, este dispositivo mostrou uma eficácia de 98,1% em estudo experimental ex vivo.Objetivos: Avaliar a viabilidade e a segurança do dispositivo em condições cirúrgicas reais. Métodos: Um estudo piloto in vivo incluiu 30 pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos torácicos empregando o LacrimaSurg. Os procedimentos foram gravados digitalmente para posterior análise pelos investigadores. As características dos pacientes (idade, sexo, índice de massa orporal, índice de comorbidades de Charlton), dados relativos ao ambiente cirúrgico (diferenças entre as temperaturas axilar do paciente e da sala cirúrgica) e dados inerentes ao procedimento em sí (tipo de cirurgia e tempo de duração de cada procedimento) foram registrados. Os investigadores assistiram aos vídeos cirúrgicos e registraram os eventos de sujeira e fogging da óptica que acarretaram em prejuízo da visão do cirurgião. Dados sobre o número de vezes que a óptica sujou, necessidade ou não de jatos de solução cristaloide e necessidade de limpeza mecânica da óptica foram coletados para a avaliação da eficácica. Dosagens séricas comparativas dos eletrólitos sódio e potássio pré e pósoperatórios foram registrados para a avaliação da segurança. Os dados foram organizados e analisados por meio de correlações lineares simples e teste t para as variáveis contínuas e teste exato de Fisher para as variáveis categóricas. Resultados: O uso do dispositivo permitiu que 97% dos procedimentos fossem realizados sem a necessidade de interrupção para limpeza mecânica da óptica. Não foram identificadas características inerentes aos pacientes ou aos procedimentos que colaborassem com o embaçamento ou sujeira da óptica. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os íons séricos pré e pós-operatórios dos pacientes, não foram observadas complicações pós-operatórias relacionadas ao uso do dispositivo. Conclusão: O dispositivo mostrou-se eficaz na prevenção de interrupções dos procedimentos cirúrgicos por sujeira ou embaçamento da óptica, seu uso foi considerado seguro não gerando complicações pós-operatórias. |