A \"força do lugar\" para o ensino-aprendizagem da Geografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Nivalda Maria Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-19112020-160806/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma análise do estudo do conceito lugar a partir de situações de vivência dos alunos da Escola Estadual Prof.ª Lucy Franco Kowalski, localizada na cidade de Suzano, periferia da zona leste da região metropolitana de São Paulo. Para isso, comparamos os avanços e limites do raciocínio geográfico de 03 (três) salas de aulas durante o 6º, 7º, 8º e 9º anos dentro de um continuum experiencial a partir de Sequências Didáticas (SD). O problema de pesquisa definimos como sendo: De que maneira, a partir de situações cotidianas, os alunos constroem o conceito de lugar? Para responder a esse problema, com base em nossos objetivos, as perguntas a seguir nos ajudarão a norteá-lo: Como o raciocínio geográfico se processa em sua construção? Qual a influência que o lugar tem nesse processo? Por que, apesar de ensinar da mesma forma, o nível de aprendizado é diferente entre as salas e entre os alunos? Nosso objeto de estudo é o processo de construção do conceito de lugar a partir da percepção revelada nas representações do \"lugar\" de vivência. Para analisar o conceito de lugar buscamos 02 (duas) vertentes teóricas, a da percepção com base em Tuan (2012; 2013) e a teoria com base economicista de Santos (2006). Do ponto de vista epistemológico, a questão definidora dos avanços e limites do conhecimento observado foi pensada a partir de como o aluno constrói o conhecimento científico na escola com base no socioconstrutivismo a partir da perspectiva histórico-cultural. Buscávamos a relação entre ensinar a pensar e aprender Geografia. Utilizamos a metodologia qualitativa interpretativa e desenvolvemos um estudo de caso comparativo entre 03 (três) salas do Ensino Fundamental II. Esse estudo nos mostrou que o processo de construção do conceito é diferente para cada aluno, não se pode construir o conceito de lugar sem o estudo do lugar de vivência, o lugar é o elemento fundamental para a construção do conceito. Sendo assim, os alunos precisam enxergar-se como sujeitos que constroem a sua própria história e isso só é possível pela reelaboração do sentimento de pertencimento para se construir uma identidade que possa empoderá-los diante das lutas da vida.