Formação de di- e poliaminas em plantas deficientes em potássio e magnésio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1974
Autor(a) principal: Basso, Luiz Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240522-110312/
Resumo: Com o objetivo de melhor compreender o significado e a razão do acúmulo de putrescina em plantas sob condições de deficiências de potássio ou magnésio, realizou-se o presente experimento, em busca de alguma relação com o metabolismo de poliaminas biogênicas de certa atividade fisiológica. Para tal, plantas de cevada (Hordeum vulgare), fava (Vicia faba), espinafre (Spinaceae oleracea) e ervilha (Pisum sativum) foram crescidas em casa de vegetação, com soluções nutritivas completa e deficientes em potássio e/ou magnésio. Em alguns tratamentos foram efetuadas as substituições do potássio pelo sódio e do magnésio pelo cálcio. As folhas dessas plantas foram colhidas em diferentes tempos do seu desenvolvimento, e submetidas às determinações de arginina, agmatina, putrescina, espermina e espermidina. Outros ensaios foram realizados, ministrando-se arginina-U-14C à folhas jovens de cevada, procurando medir alterações na intensidade de degradação de arginina em agmatina e putrescina, devido às deficiências de potássio e de magnésio. No mesmo material vegetal procurou-se aquilatar a intensidade de síntese das poliaminas espermina e espermidina, empregando-se putrescina 1,4-14C como precursor. Os aminoácidos e as aminas foram extraídos das folhas com etanol 80% ou ácido tricloroacético a 5% e fracionados em resina de troca catiônica (DOWEX 50W-X8 e Amberlite IRC-50). Determinações colorimétricas foram empregadas para as dosagens de arginina e agmatina, enquanto que putrescina e as poliaminas espermina e espermidina foram estimadas pela técnica da fluorometria. As radioatividades dos compostos foram dosadas pela cintilação líquida. Os dados demonstraram aumento na intensidade de síntese da amina putrescina nas deficiências de potássio ou magnésio, amina essa que é produzida mais pela degradação de arginina do que mediante a descarboxilação de ornitina. Embora muitos aspectos bioquímicos e fisiológicos de tais aminas ainda não estejam bem compreendidos, algumas considerações são apresentadas, no sentido de se propôr um único mecanismo para o acúmulo de putrescina em plantas deficientes em potássio ou magnésio, fundamentando-se na interação de di- e poliaminas em determinados processos metabólicos, principalmente os relacionados com a síntese de proteínas.