Estudo genotípico e fenotípico de Staphylococcus spp formadores de biofilme isolados em linhas de produção de queijo Minas Frescal e de leite de vacas com mastite no Estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bravo, Melina Luz Mary Cruzado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CRA
MEV
SEM
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-31032016-155120/
Resumo: A formação de biofilmes em superfícies que entram em contato com alimentos pode resultar em contaminação em qualquer parte do processo produtivo, podendo assim, ser causa de doenças transmitidas por alimentos. A formação de biofilmes por Staphylococcus ssp. é uma das grandes preocupações na indústria de lácteos, e também na área da medicina veterinária. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a capacidade de formação de biofilmes de Staphylococcus spp. isolados de laticínios produtores de queijo Minas Frescal e de leite de vacas com mastite subclínica. O estudo foi realizado em 3 fases, sendo a primeira uma caracterização fenotípica de 150 isolados de Staphylococcus spp. pelo teste do Ágar Vermelho Congo (AVC). Na segunda fase, foi realizada uma caracterização genotípica dos isolados de Staphylococcus spp., pesquisando os genes icaA, icaD, bap, bbp, cna, ebpS, eno, fib, fnbA, fnbB, clfA e clfB. Na terceira fase foram selecionadas 10 cepas com diferentes perfis genotípicos e três cepas padrão de Staphylococcus spp., para avaliação da capacidade de formação de biofilmes. Foi avaliada a capacidade de formação de biofilmes das 13 cepas em três tempos (12h, 48h e 96h), duas temperaturas (5°C e 25°C) e duas superfícies de contato (aço inoxidável 304 e polipropileno) tendo como primeira variável resposta a densidade óptica a 600 nm obtida utilizando metodologia do cristal violeta e a segunda variável resposta foi a contagem microbiológica de células viáveis (log10UFC cm-2) aderidas nas superfícies testadas. Foi utilizado um Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) com fatorial de 13x3x2x2. No AVC 38,7% (n=58) dos 150 isolados foram positivos para formação de biofilme. Observou-se que 93,3% (n=140) dos 150 isolados possuíam o gene clfA, 87,3% (n=131) o eno, 62,7% (n=94) o ebpS, 54,7% (n=82) o fib, 54% (n=81) o fnbA, 53,3% (n=80) o icaD, 47,3% (n=71) os genes icaA e clfB, 43,3% (n=65) o fnbB, 17,3% (n=26) o bap, 8% (n=8) o cna e 4% (n=40) o gene bbp. Pelo Teste de Friedman (&alpha;=0,05) os fatores cepa, temperatura e superfície foram significativos (p<0,0001) para as duas variáveis resposta na formação de biofilmes, enquanto que, entre os tempos de avaliação não houve diferença significativa (p>0,05). A maior produção de biofilme (avaliada por densidade óptica) foi observada a 25°C no aço inoxidável, sendo que as cepas S. epidermidis ATCC 35984 e S. aureus 119 foram as cepas que apresentaram maior formação de biofilme. Nas superfícies testadas foram observadas contagens microbiológicas na faixa entre 6,5 e 7,6 log10UFC cm-2 que sugerem formação de biofilme. Foram selecionadas 6 cepas para realizar a Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), as quais confirmaram a formação de biofilme em aço inoxidável e polipropileno em 5°C e 25°C sendo avaliadas á 12 e 96 horas.