Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Castilho, Ivana Giovannetti [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/144374
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Resumo: |
A mastite bovina é uma inflamação nas glândulas mamárias das vacas causada, principalmente, por bactérias e identificada a partir de amostras de leite, pelo aumento da contagem de células somáticas (CCS). Essa doença é a maior preocupação da indústria leiteira em todo o mundo por gerar grandes perdas econômicas. Vários micro-organismos podem causar mastite e Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos envolvidos devido a vários fatores de virulência. Essa espécie é capaz de aderir e invadir as células do epitélio mamário bovino, constituindo os primeiros passos para o estabelecimento da mastite e deixando a bactéria fora do alcance dos mecanismos de defesa do hospedeiro e da ação de antibióticos. Os biofilmes são formados pela adesão das bactérias em superfícies, com multiplicação bacteriana e desenvolvimento de uma matriz polissacarídica, que envolve as multicamadas de bactérias, e vários genes estão envolvidos na sua formação, como o cluster ica e o gene bap. O objetivo do presente estudo foi testar 7 cepas de S. aureus, isolados de leite de vacas com mastite subclínica, com diferentes perfis dos genes bap, icaA e icaD quanto a capacidade de produzir biofilme in vitro (empregando-se caldo Tryptic Soy Broth – TSB-, TSB + 1% de glicose) e em superfícies bióticas (cultura celular de epitélio mamário bovino – BMEC – e HeLa) e abiótica (microplaca de poliestireno). O potencial de adesão e invasão e a susceptibilidade a antimicrobiano, na presença do biofilme, também foram testados. Além disso, investigou-se- a presença dos genes codificadores das adesinas MSCRAMMs (Microbial Surface Components Recognizing Adhesive Matrix Molecules- Componentes da Superfície Microbiana Reconhecedores de Moléculas Adesivas da Matriz) e os isolados foram classificados molecularmente pelo o grupo agr. Todas as cepas foram capazes de invadir BMEC e HeLa, mas os índices de invasão em BMEC foram maiores que em HeLa. No teste de produção de biofilme em placa de poliestireno, houve diferença estatisticamente significativa entre o TSB +1% glicose e os demais meios, onde 5 das 7 cepas foram produtoras. A formação de biofilme em DMEM ocorreu somente na cepa que apresentou os genes bap, icaA e icaD simultaneamente, o que permitiu realizar o teste e produção de biofilme em superfície biótica somente com esse isolado. Em relação à produção de biofilme sobre as culturas celulares, foi possível observar sua presença apenas sobre as células HeLa, pois a cepa apresentou alta taxa de invasão em BMEC, destruindo o tapete celular e impossibilitando a visualização da matriz. Entre os genes codificadores das adesinas, todas as cepas produtoras de biofilme apresentaram em comum os genes fnbA, clfA, clfB, eno, fib e ebpS. Em todas as cepas produtoras, o biofilme protegeu as bactérias da ação do antimicrobiano sulfato de cefquinoma. Dentre todas as cepas testadas, não houve predominância de nenhum grupo agr, porém as cepas produtoras de biofilme pertenciam aos grupos agr II ou III. A presença de bap, icaA e icaD associada aos genes codificadores das MSCRAMMs confere às cepas de S. aureus, provenientes de mastite bovina subclínica, alta capacidade de adesão e produção de biofilme in vitro, o que contribui para a colonização e persistência desse patógeno. |