A ocorrência da doença de chagas em um grupo de pacientes, sem investigação prévia para a doença, acompanhados na cardiologia, na unidade básica de saúde da Lapa (São Paulo - SP), no período de dezembro de 1999 à janeiro de 2001

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Silva, Suely do Socorro Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-16052024-165618/
Resumo: A doença de Chagas constitui-se ainda em importante problema de saúde pública para a América Latina, afetando cerca de 16 milhões de pessoas e expondo aos riscos de adquirir a infecção, outros 90 milhões. Este estudo teve como objetivo principal detectar a ocorrência da doença de Chagas crônica em um grupo de pacientes, sem investigação prévia para a doença. A população estudada foi aquela atendida em uma Unidade Básica de Saúde do Sistema Único de Saúde, no serviço de cardiologia, com antecedentes clínico-epidemiológicos para a doença de Chagas. Os pacientes foram submetidos aos exames de radiografia de tórax em posição póstero-anterior e eletrocardiográfico convencional, com confirmação diagnóstica etiológica através de duas provas sorológicas a saber: hemaglutinção indireta e imunofluorescência indireta. Os dados foram coletados no período de dezembro de 1999 a janeiro de 2001 e obteve-se 39 (19,5%) pacientes com diagnóstico de doença de Chagas crônica. A análise temática revelou a idade média de 54 anos e 59% eram do sexo feminino. Todos foram reagentes, quando submetidos as duas provas sorológicas citadas anteriormente. Conclui-se que a doença de Chagas crônica na maioria das vezes é desconhecida pelos pacientes. O diagnóstico da infecção deve ser apoiado pela epidemiologia e pela clínica. O perfil epidemiológico não difere muito do já descrito nas literaturas; porém, em relação à idade, nota-se um afastamento da média de idade para faixas mais superiores. Para a maioria dos pacientes, a anamnese e o exame fisico bem realizados, acompanhados de métodos diagnósticos simples, são suficientes para uma boa avaliação do prognóstico e o seguimento clínico.