Evolucao cariotipica no genero crotalaria l. (Leguminosae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Lúcia Pires Cotias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20200111-122746/
Resumo: O gênero Crotalaria L. é um dos maiores da família Leguminosae, com distribuição nas regiões tropicais e subtropicais dos dois hemisférios. No presente trabalho foram analisados os cariótipos das espécies C. incana L., C. holosericea Nees et Mart., C. brevidens Benth., C. lanceolata L., C. pallida Ait., C. juncea·L., C. stipularia Desv., C. paulina Schrank, C. retusa L., C. spectabilis Roth., C. virgulata Klotzch subsp. grantiana (Harv.) Polhill, pertencentes a quatro diferentes seções, a fim de se analisar aspectos da evolução cromossômica e de se estabelecer relações entre espécies dentro e entre seções em que são classificadas. As análises citológicas foram realizadas em pontas de raízes, tratadas com 8-hidroxiquinolina 0,002 M, e coradas pelo método de Feulgen. As lâminas foram preparadas através da técnica usual de esmagamento. A metodologia de bandamento C foi também aplicada a cromossomos metafásicos. As espécies foram comparadas segundo os valores de comprimento absoluto, relação de braços dos cromossomos e índice de simetria do cariótipo, os quais foram submetidos a análise de variância e teste de Student-Newman-Keuls, visando comparar as espécies através dos pares de cromossomos correspondentes. Os resultados obtidos revelaram constituição cromossômica 2n=14 e 2n=16, em espécies diplóides, e 2n=32, em tetraplóides. Em todas as espécies foi possível distinguir cada um dos cromossomos de cariótipo. Foram observadas diferenças nítidas entre as espécies analisadas, evidenciando que durante a evolução ocorreram alterações na estrutura dos cromossomos, embora se possa constatar um padrão característico do gênero. Um aspecto marcante é que todas as espécies apresentaram uma constrição secundária no primeiro par de cromossomos, em posição diferente de espécie para espécie. As espécies tetraplóides C. paulina e C. stipularia apresentaram redução no tamanho dos cromossomos, comparado às espécies diplóides. Além disso, o número de cromossomos com constrição secundária não se correlaciona com o aumento do nível de ploidia. A ocorrência de anfiplastia sugere sua origem alopoliplóide. A utilização de testes preliminares da metodologia de bandamente C não mostrou diferenciação conspícua de bandas nos cromossomos. Na seção Crotalaria, cujas espécies acumulam características florais especializadas observaram-se cromossomos menores, enquanto na subseção Longirostres, marcantemente reduzidos em tamanho, combinados com cariótipo menos simétrico. Isto sugere uma tendência de redução do comprimento cromossômico e diminuição da simetria do cariótipo no curso evolutivo. Estudos envolvendo maior número de espécies são necessários para sugerir um direcionamento da mudança cromossômica no gênero como um todo.