Relação entre o índice de área foliar e a interceptação da radiação fotossinteticamente ativa na soja e milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gallucci, Artur Deperon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IAF
LAI
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-11052022-120548/
Resumo: Atendendo a crescente demanda mundial por alimentos, o Brasil apresenta papel fundamental na produção de grãos. Ocupando a posição de maior produtor mundial de soja e terceiro de milho, a produção do complexo soja-milho representa 88% da produção de grãos no país, estando inserida entre as atividades econômicas mais importantes para produção de alimentos. A radiação solar incidente na superfície da terra é a principal fonte de energia para o desenvolvimento dos vegetais, à medida que o melhor aproveitamento desse recurso deve ser proporcionado na busca por aumentos de produtividades. Dessa maneira, a adequação no arranjo de plantas através do espaçamento entre as linhas de cultivo ou a densidade populacional devem estar de acordo com as condições do local de cultivo, possibilitando máximo aproveitamento pelas plantas. A presente pesquisa testou diferentes populações de plantas em dois cultivares de soja, além de diferentes espaçamentos entre linhas de cultivo do milho, buscando entender a relação entre o índice de área foliar (IAF) gerado pelas plantas e radiação fotossinteticamente ativa interceptada (RFAint) por elas ao longo do ciclo produtivo. Foram semeadas cinco populações de plantas para dois cultivares com características distintas durante duas safras 2019/2020 e 2020/2021, à medida que cinco espaçamentos entre linhas de cultivo foram comparados em duas variedades de milho durante a segunda safra 2019/2020. Avaliou-se o desenvolvimento das plantas através de parâmetros biométricos, tais como: número de nós, número de ramificações laterais, altura e massa seca de planta para a soja, sendo observado para o milho os parâmetros altura de plantas, diâmetro de colmo e massa de planta. Medições de IAF foram realizadas através de integrador de área foliar da LICOR, LI-3100, de modo que as medições de RFAint foram realizadas com sensor quantum portátil, coletando dados acima e abaixo do dossel das plantas de soja e milho. Dados coletados foram relacionados ao final de cada safra com valores de produtividade das culturas. Os resultados evidenciam que independente do cultivar, alterações na densidade de plantas de soja promovem diferenças em sua morfologia, de maneira que elevadas populações acarretam em plantas com menores números de nós, ramificações laterais e massa seca de parte aérea, além de maiores alturas de plantas, aumentando riscos de acamamento. O IAF das plantas de soja apresenta relação diretamente proporcional ao aumento da densidade de plantas até o momento do florescimento, entretanto, picos de RFAint variam conforme cultivar, sendo observados no florescimento e enchimento de grãos. Densidades populacionais de soja que proporcionaram valores máximos de RFAint entre 90% e 93% apresentaram maior produtividade de grãos, variando o estádio fenológico de maior interceptação de luz entre os cultivares. Maiores diferenças no desenvolvimento das plantas de milho são observadas com redução do espaçamento para 0,25 metros, de modo que, menores espaçamentos apresentam menores valores de IAF no pré-pendoamento, porém com maiores valores de RFAint na mesma época. Para o milho, valores mais elevados de RFAint no momento do pré- pendoamento resultaram em menores produtividades da cultura.