Crescimento de brotações após poda de árvores em vias públicas na cidade de Piracicaba, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Abreu, Rafaela Novaes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IAF
LAI
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-08032018-105703/
Resumo: A principal função da arborização viária, nos últimos 30 anos, passou de apenas estética para promotora de serviços ambientais, mas essas árvores estão submetidas a diversos fatores estressantes, como a poluição do ar, a baixa disponibilidade de água, solo compactado, podas severas, e área de crescimento limitada. As redes aéreas de distribuição de energia são um dos elementos que mais interferem no manejo das árvores viárias, pois o conflito, geralmente, já está estabelecido e as concessionárias de energia optam por podas drásticas, que podem comprometer a sanidade da árvore e estimular brotações epicórmicas que crescem rapidamente e vão de encontro com as fiações. Posto isso, o presente estudo teve como objetivo determinar a taxa de crescimento de brotações epicórmicas após poda executada pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) em indivíduos das espécies tipuana (Tipuana tipu (Benth.) Kuntze), ipê-roxo (Tabebuia heptaphylla (Vell.) Mart.), e chapéu-de-sol (Terminalia catappa L.), na cidade de Piracicaba/SP e relacionar esta taxa com as características da árvore e do meio. Para isso, foi realizado levantamento em campo de variáveis como a espécie, diâmetro à altura do peito (DAP), índice de área foliar (IAF), tipo de calçada, tipo de solo, fotos do canteiro e dos brotos ao lado de uma baliza para posterior medição digital, que teve sua confiabilidade testada e aprovada nesta pesquisa. A análise foi executada com todas as espécies juntas, para cada espécie, e por classe de DAP dentro de cada espécie. O índice de crescimento médio diário para a tipuana foi de 0,360 cm; para o ipê-roxo, 0,298 cm; e para chapéu-de-sol, 0,404 cm. Houve diferença significativa entre a taxa de crescimento da espécie chapéu-de-sol e ipê-roxo, indicando que a espécie e o grupo sucessional a qual pertencem influenciam no ritmo de crescimento. Não foi constatada influência do tipo de calçada e nem do tipo de solo. O IAF também não influenciou no crescimento, a não ser em ipês com DAP entre 50 e 60 cm. A dimensão do canteiro não influenciou o crescimento dos brotos de chapéu-de-sol, mas influenciou positivamente tanto as tipuanas com 60 a 70 cm de DAP, que foram as árvores com o maior ritmo de crescimento da espécie, como os ipês com DAP entre 30 e 40 cm que ainda estão vigorosos e suas raízes continuam explorando o solo. Os estudos com essa temática são poucos e fatores como clima, época de poda e histórico de manejo da área podem exercer influência na resposta da árvore à poda. Portanto, é sugerido maior tempo de estudo com os mesmos indivíduos e a inclusão de mais árvores.