Imunobiológicos para o diagnóstico laboratorial de ranavirose: clonagem e expressão do gene MCP de isolado brasileiro de Ranavirus e produção de anticorpos policlonais anti-proteína MCP recombinante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Corrêa, Thaís Camilo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
FV3
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-12042021-123249/
Resumo: Membros do gênero Ranavirus, pertencente à família Iridoviridae, têm sido responsáveis por epizootias em animais ectotérmicos em várias partes do mundo, pois representam patógenos emergentes capazes de infectar três classes de vertebrados: peixes ósseos, anfíbios e répteis. No Brasil, os relatos de surtos por ranavirose sassociados ao Frogvirus3 (FV3) ocorrem desde meados dos anos 2000, sendo cada vez mais frequentes principalmente em criações comerciais de rã-touro. Portanto, as infecções por ranavírus representam um risco para outros setores da aquicultura, como a piscicultura. Neste contexto, visando a produção de imunorreagentes para uso em testes de diagnóstico, os objetivos foram: produzir a proteína recombinante do gene MCP (Major capsid protein) do isolado brasileiro deRanavirus,FV3-símile; produzir anticorpos policlonais de coelho anti-rMCP e, por fim, padronizar um teste de ELISA-IB (Indirect-Blocking Enzyme Linked Immunosorbent Assay). Para isso, foi construído o plasmídeo pET28a/MCP, transformado em Rosetta (™) (DE3) para a expressão da proteína rMCP. Após a purificação, a produção de anticorpos policlonais anti-rMCPfoi conduzida em dois coelhos jovens através de três inoculações da proteína rMCP, por via intramuscular e subcutânea, em intervalos de 14 dias, sendo os soros analisados por Immunoblot. Para a padronização do teste ELISA-IB, foram amostrados soros de rãs-touro e realizada a infecção experimental de tilápias do Nilo, para a obtenção de soros controles. Destaque para os resultados com o sucesso da expressão da proteína rMCP de 50kDa,no entanto, em sua forma insolúvel sob purificação desnaturante seguida de diálise. A rMCP desencadeou a produção de anticorpos policlonais nos coelhos, já na segunda imunização. No ELISA-IB, a proteína rMCP foi utilizada como antígeno viral, seguida dos soros testes e anticorpos de bloqueio (policlonal anti-rMCP). Contudo, problemas com a obtenção de soros controles adequados dificultaram a padronização do teste, sendo possível, no entanto, identificar porcentagem de inibição em soro de rã. O uso dos imunorreagentes produzidos e o ELISA-IB demostraram potencial promissor para o diagnóstico laboratorial de infecção por ranavírus em peixes, bem como anfíbios, no intuito de colaborar para a melhoria das condições sanitárias da aquicultura brasileira. Além disso, os imunorreagentes obtidos podem propiciar novos estudos para a produção de imunógenos vacinais contra o Ranavirus.