Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Veasey, Elizabeth Ann |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20191220-115558/
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Resumo: |
O estudo objetivou caracterizar através de dados morfológicos, agronômicos e bioquímicos, a variabilidade genética entre e dentro de espécies do gênero Sesbania Scop. (Leguminosae), comparar espécies perenes e anuais de diferentes subgêneros, originárias do Novo e do Velho Mundo, e avaliar o potencial forrageiro dessas espécies. Foram avaliadas as espécies S. emerus, S. exasperata, S. rostrata, S. tetraptera (anuais) e S. sesban, S. grandiflora, S. virgata (perenes). Um ensaio preliminar foi instalado em casa-de-vegetação no Departamento de Genética da ESALQ/USP, em Piracicaba, SP, obtendo-se dados de morfologia de plântulas e crescimento inicial em 17 acessos de Sesbania. Foi instalado posteriormente no Instituto de Zootecnia em Nova Odessa, SP, um ensaio de campo em blocos ao acaso, avaliando-se 17 caracteres morfológicos e 17 agronômicos em 22 acessos de Sesbania. Os dados bioquímicos foram obtidos no Laboratório de Genética Ecológica, na ESALQ/USP, em Piracicaba, SP, através da análise de isoenzimas de cotilédones em gel de amido. Foram realizadas análises de variância uni e multivariadas, incluindo análises de componentes principais e agrupamento, realizando-se descarte de caracteres. Foram estimados os parâmetros genéticos: coeficiente de determinação genotípica e coeficiente de variação genética. Observou-se variabilidade tanto inter como intraespecífica para a maioria dos caracteres, ao nível de plântulas e de plantas adultas. De modo geral, os valores dos coeficientes de determinação genotípica intrapopulacionais ( bi ) foram elevados, acima de 0,80, para os dados morfológicos e agronômicos, indicando a possibilidade de seleção de genótipos superiores. Evidenciou-se variabilidade inter e intraespecífica nas análises de agrupamento, seja ao nível de plântulas, de plantas adultas, ou de isoenzimas. O acesso nº 6 de S. exasperata foi classificado em grupos distintos em todas as análises, mostrando grande variabilidade intraespecífica. O mesmo foi observado para S. emerus. S. virgata, do subgênero Daubentonia, originária do Novo Mundo, foi classificada em grupos distintos nas análises com dados morfológicos e de isoenzimas. O caráter largura da vagem foi o responsável pela diferenciação de S. tetraptera, única representante do subgênero Pterosesbania, originário da África. Um dos acessos de S. sesban (NO 934), subgênero Sesbania, destacou-se quanto à produção de biomassa e vigor de rebrota, mostrando-se promissor como planta forrageira. A representante do subgênero Agati, S. grandiflora, não se mostrou adaptada às condições de Nova Odessa, SP, apresentando crescimento inicial lento e não florescendo. Foram observadas diferenças entre espécies anuais, apresentando maior esforço reprodutivo, e espécies perenes, por apresentarem maior produção de biomassa em detrimento da produção de sementes. A produção de biomassa do primeiro corte, seis meses após a semeadura, foi maior para as espécies anuais S. exasperata, S. rostrata e S. tetraptera, enquanto que as produções das espécies perenes foram superiores às anuais a partir do segundo corte, com pico de produção observado no terceiro corte. O descarte de variáveis foi realizado através de componentes principais, selecionando-se oito de 26 caracteres morfológicos e agronômicos. Estes caracteres discriminaram os acessos e espécies, mostrando sua importância taxonômica e agronômica. A maioria dos sistemas isoenzimáticos mostraram-se monomórficos dentro, e polimórficos entre espécies. Polimorfismo intraespecífico foi observado em S. sesban, para fosfoglucose isomerase (PGI) e glutamato-oxaloacetato transaminase (GOT), e S. virgata, para malato desidrogenase (MDH). As heterozigosidades médias esperadas variaram de 0,0 a 0,232 para S. sesban e de 0,0 a 0,200 para S. virgata. O número médio de alelos por loco polimórfico foi dois para ambas as espécies, e a porcentagem de locos polimórficos 60% (acesso nº 14) e 20% para S. sesban, e 33,33% para S. virgata. Foram estimados índices de fixação intrapopulacionais negativos e próximos da unidade para S. sesban (acessos nº 9 e 10), indicando excesso de heterozigotos. O acesso nº 14 apresentou alto polimorfismo, mostrando- se em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Os índices de diversidade obtidos indicam que 62,6 e 69,3% da variação total observada para S. sesban e S. virgata, respectivamente, resultou da variação entre acessos. |