Trabalho moderno: a construtora de Roberto Simonsen

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Barbosa, Gino Caldatto
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Cultural heritage; História da arquitetura; História da engenharia; History of architecture; History of engineering; Patrimônio cultural
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-30032021-173326/

O estudo da atuação profissional e comercial da Companhia Construtora de Santos, empresa criada pelo engenheiro civil Roberto Cochrane Simonsen junto com outros empresários, em 1912 na cidade de Santos, estado de São Paulo, é o tema definido para a tese de doutoramento. Reunindo estrutura de gestão e divisão do trabalho apoiada nas ideias de Frederick Taylor, as atividades da Companhia Construtora de Santos enveredaram para diversos caminhos da arquitetura e da engenharia. No início do século 20, período em que boa parte das construções era produzida por pequenos e médios empreiteiros, a Companhia contava com engenheiros e arquitetos no quadro de funcionários da empresa, posicionados para gerenciar e coordenar as ações de produção imobiliária à infraestrutura urbana. Executou projetos técnicos e arquitetônicos ecléticos e modernos, urbanizou bairros de cidades como Santos e São Paulo, construiu palacetes, armazéns, sedes bancárias e imponentes edifícios. Do amplo catálogo de projetos e obras realizadas vale mencionar o encargo obtido do Ministério da Guerra para a construção simultânea de dezenas de quartéis em diversos estados do país, entre os anos de 1921 e 1924. Simonsen se coloca como responsável pela organização e crescimento da empresa de construção. Com tino empreendedor aplicou métodos administrativos apoiados no scientific management para racionalizar a gestão empresarial da Construtora, procurando torná-la mais competitiva no mercado. Ao planejamento da empresa se sobrepõe o alinhamento estratégico, social e político de Roberto Simonsen com as instâncias públicas, visando assegurar o êxito comercial da empresa. A Companhia Construtora de Santos atuou na construção civil até 1929, quando essa prática foi redirecionada para a Sociedade Construtora Brasileira, empreiteira subsidiária com outro norteamento administrativo.