Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Mori, Carla Francine Aricó |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-24092010-153009/
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Resumo: |
A mortalidade decorrente de processos infecciosos em pacientes oncológicos, livres ou não de doença, ainda é alta. Teve-se como objetivo além da avaliação da mortalidade e das características clínicas e laboratoriais dos pacientes pediátricos oncológicos infectados, admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital A.C. Camargo no período de 1º de janeiro de 2004 a 31 de dezembro de 2008, avaliar a associação dessas características à mortalidade. Estudou-se 148 internações de 97 pacientes, sendo que 31 indivíduos foram internados mais de uma vez (1-6 internações por indivíduo). 52,6% da população era do sexo feminino, a idade média foi de aproximadamente 8 anos, 67% dos pacientes encontravam-se eutróficos na primeira internação e 50,5% das neoplasias eram leucemias (34/97) e linfomas (15/97). Dos pacientes com neoplasias hematológicas, 40,8% internaram mais de uma vez, enquanto 29,9% daqueles portadores de tumores sólidos tiveram internações repetidas. Foi utilizado teste qui-quadrado de Pearson para analisar a associação entre duas variáveis categóricas, teste t de Student para as variáveis contínuas e teste t de Student pareado para as associações dependentes. Empregou-se a regressão logística para calcular a Razão de Chances (Odds Ratio - OR) para as medidas de associação. Dos 97 pacientes, 17 morreram durante a internação na UTIP, ou seja, 11,5% das 148 internações evoluiram para óbito. Observou-se uma mortalidade maior no grupo de pacientes que tiveram mais de uma internação 32,3% (p=0,012), com chance de óbito de 4 em relação a quem internou apenas 1 vez (OR=4,01[IC95%:1,35 -11,90]). Também foi encontrada associação significativa entre estado hemodinâmico (choque séptico, sepse grave e sepse) à admissão na UTIP com evolução para alta e óbito (p=0,001). Quando o paciente apresentava choque na admissão o risco de óbito foi de 11 vezes em relação a quando não apresentava (OR=11,4[IC95%:2,5-51,9]). A variação na dosagem da proteína C reativa 24 horas pré-admissão e à admissão na UTI, também demonstrou associação estatisticamente significativa com a evolução para óbito (p= 0,029). Não houve associação entre sexo, doença de base, estado nutricional, intervalo de quimioterapia, contagem de neutrófilos, sítio de infecção, variação de frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial média e óbito. Esse trabalho demonstrou que existe uma associação entre estado hemodinâmico à admissão na UTIP e óbito, o que incita a realização de novos estudos para descoberta de fatores que possam prever a evolução de um quadro infeccioso para choque séptico e selecionar os pacientes que devam ser transferidos mais precocemente para UTIP a fim de aumentar a chance de sobrevida. |