A relevância de se ensinar/aprender a língua inglesa na escola pública: o discurso de pais e alunos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Oliveira, Elisa Pinto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-22102007-115235/
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar o discurso de pais e alunos do ensino médio da rede estadual com relação à relevância de se ensinar/aprender a língua inglesa (LI) no Brasil de hoje. Trata-se de uma pesquisa cuja metodologia e aporte teórico estão fundamentados na Analise de Discurso de linha francesa de Michel Pêcheux. A coleta dos dados para análise foi realizada na Escola Estadual Prof. Christino Cabral, localizada no município de Bauru, Estado de São Paulo, a partir de entrevistas gravadas com pais e alunos desta escola e questionários com perguntas abertas, respondidas somente por alunos. A análise das representações discursivas de pais e alunos sobre o ensino/aprendizagem da LI revelou que seu discurso está ancorado na tendência neoliberal-tecnicista da Filosofia da Educação brasileira, bem como está perpassado pelo discurso neoliberal-capitalista presente na mídia. Identificou-se que a LI é vista como um instrumento a ser usado nas questões pragmáticas relacionadas ao mercado de trabalho, à globalização, ascensão social e status, no sentido de aprender inglês para conseguir melhores condições na vida profissional e pessoal. Concluiu-se que tanto a ideologia neoliberal-tecnicista quanto a neoliberal-capitalista influenciam a construção das posições identitárias imaginárias dos pais e alunos, levando-os a se representarem em uma posição identitária inferior à do falante de LI. Isso cria um desejo nos pais de que seus filhos atinjam uma posição \"melhor\" que as suas próprias e, nos alunos, um desejo de serem \"tão bons quanto\" os falantes de LI, o que a ideologia diz \"somente\" ser possível de se atingir através do saber/falar esta língua.