Adoniran Barbosa e a lírica do progresso de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bragatto, Yara Boscolo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-17092018-102241/
Resumo: A história da cidade de São Paulo é largamente estudada, e mesmo assim, sempre parece haver motivos para levantar outro ponto de vista. O presente trabalho busca realizar uma leitura a contrapelo das imagens de parte da história da cidade de São Paulo, tendo como ferramenta para análise algumas canções de Adoniran Barbosa. Ao analisar parte da história de São Paulo e quais caminhos foram trilhados para que a locomotiva do país adquirisse tal fama, é possível constatar que tal fenômeno urbano paulistano e não se deu de maneira homogênea. Dentro de uma metrópole dos anos 1950 como São Paulo coexistem diversas situações urbanas e manifestações culturais que colabora para a construção da multiplicidade de imagens. Em uma breve leitura sobre a cidade é possível chegar a um nome que aparece repetidas vezes: Adoniran Barbosa. E é em meio a essa complexidade que ele gostava de viver, caminhar pelas ruas na sua boemia e conversar com as pessoas. Então surgiam suas canções, quase todas tratando a respeito do que ele acreditava ser bom o bastante para virar samba e agradar a seus muitos ouvintes. O que torna a obra de Adoniran tão peculiar é a possibilidade de enxergar com olhares das camadas populares, e olhares cotidianos, uma cidade largamente estudada e analisada, tendo um estilo de narrativa alinhada com as vozes daqueles que faziam parte do cenário exaustivamente estudado, mas que dificilmente eram enxergados ou ouvidos. Não se trata de colocar versões diferentes da história em combate, apenas tentar mostrar que sempre é possível abrir os ouvidos para outras falas.