O passado citacional no ensaísmo videográfico tardio de Jean-Luc Godard:The Old Place (1999) e Liberté et Patrie (2002) - duas parcerias com Anne-Marie Miéville

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Felício, Patricia Helena dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-09032021-233707/
Resumo: O presente estudo investiga a poética citacional do ensaísmo videográfico tardio de Jean-Luc Godard, principalmente em sua lida com a narração da história, dedicando-se especificamente aos filmes The Old Place (1999) e Liberté et Patrie (2002), ambos dirigidos em parceria com a cineasta Anne-Marie Miéville. Partindo de uma breve contextualização do desenvolvimento do ensaísmo videográfico godardiano e de seu encontro com Miéville, bem como da importância de Histoire(s) du cinéma para a formulação de uma forma reflexiva que, por meio de sua própria forma, busca dialeticamente relacionar a história do cinema e das artes plásticas com a história social, buscamos demonstrar as especificidades que ela alcançou ao longo do tempo tomando duas obras distintas como referência. Procuramos apontar as singularidades de ambos os filmes e, fazendo uso de um conjunto de conceitos oriundos da filosofia da história de Walter Benjamin, explicitar as implicações que oferece a constituição de uma forma bastante singular de reunir uma constelação citacional de matérias expressivas para narrar a história. Ao fim, propomos a abertura de uma reflexão sobre como a evolução deste tipo específico de cinema desenvolveu-se até o momento final desta pesquisa, procurando contribuir para a percepção da originalidade estético-política de Godard na criação de uma forma que pretende, enquanto pensa, re-escrever a história a contrapelo.