Saúde auditiva infantil na rede de saúde pública: é uma realidade?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Agostinho, Raquel Sampaio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05102021-143739/
Resumo: Dentro do contexto da saúde auditiva, a triagem auditiva neonatal é a primeira etapa para se estruturar um Programa de Saúde Auditiva que permita a identificação, diagnóstico e intervenção da deficiência auditiva nos primeiros meses de vida. O objetivo deste estudo foi analisar a Rede de Cuidados em Saúde Auditiva Infantil, nas etapas da Triagem Auditiva Neonatal e diagnóstico audiológico desenvolvida na região do DRS VI. O estudo foi desenvolvido por etapas, considerando como primeira etapa, a análise na perspectiva das instituições responsáveis da triagem auditiva neonatal e do gestor municipal, para tal utilizou-se aplicação de questionário online enviados às maternidades e secretarias municipal de saúde, pertencentes ao DRS VI. Na segunda etapa, analisou-se o cenário na perspectiva de dois serviços de referência em saúde auditiva, por meio da utilização da ferramenta do sistema CROSS e análise do perfil da demanda em um dos serviços de saúde auditiva, no período de agosto de 2017 a dezembro de 2018. Com as informações obtidas, observou-se que tanto as maternidades quanto às secretarias municipais de saúde apresentam ações e buscam estratégias para possibilitar o diagnóstico precoce de crianças na faixa etária de 0 a 3 anos de idade. Em relação aos serviços de saúde auditiva, constatou-se que apresentaram características diferentes no que se refere ao perfil das crianças encaminhadas, uma vez que um deles recebe, exclusivamente, crianças referenciadas de maternidades e o outro, crianças referenciadas de serviços de saúde em geral. No que se refere à análise específica de um dos serviços, observou-se que as crianças encaminhadas em consequência de falha na triagem auditiva, obteve-se o acesso, em sua maioria (61%), ao processo de diagnóstico audiológico antes dos três meses de idade. Da mesma maneira, mais da metade (67%) das crianças com perda auditiva concluíram o diagnóstico audiológico até os três meses de idade. Concluiu-se que existe um fluxo estabelecido entre maternidade e o serviço de referência em saúde auditiva. Entretanto, ainda, há ações que devem ser reestruturadas para que o acesso seja universal, com integralidade e equidade.