Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Campelo, Anna Paula Dionizio da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-26102021-104642/
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Resumo: |
O objetivo do estudo foi analisar a hiperbilirrubinemia como critério para a realização do protocolo de risco na triagem auditiva neonatal (TAN) e no monitoramento auditivo em recém-nascidos (RN) a termos e prematuros com Apgar alterado, baixo peso e/ou internação na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Realizou-se estudo observacional, transversal e retrospectivo. Foram incluídos 554 neonatos divididos em dois grupos: G1, composto por 373 recém-nascidos a termo apresentando hiperbilirrubinemia apenas no período neonatal; e G2, composto por 181 neonatos prematuros com hiperbilirrubinemia, podendo ter um ou mais dos seguintes indicadores de risco associados: pontuação Apgar alterada; peso inferior a 1500 g; mais que cinco dias de permanência na UTIN. Foram excluídos neonatos com outros fatores de risco diretamente relacionados ao desenvolvimento de deficiência auditiva. Foram coletados os dados dos prontuários de uma maternidade referentes às condições de nascimento, características clínicas, intervenções realizadas e resultados do primeiro exame de bilirrubina total (BT) e bilirrubina indireta (BI) e do pico de BT e BI. Realizou-se análise estatística descritiva, sendo determinado o percentual de ocorrência para cada variável qualitativa e determinados os valores de mediana, percentil 5 e 95 e valores mínimo e máximo das variáveis quantitativas. Para a estatística inferencial, na análise dos valores de bilirrubina e das características da fototerapia, utilizou-se o teste U de Mann-Whitney de amostras independentes; na análise das características clínicas e do tratamento assumido, utilizou-se o teste qui-quadrado. Na análise dos resultados da TAN, utilizou-se o teste U de Mann-Whitney de amostras independentes, e por fim, o teste de Exato de Fisher para verificar a associação das variáveis categóricas e resultado de falha. Adotou-se nível de significância de 0,05. Os resultados apontaram as medidas do primeiro exame de BT com mediana de 10,15 mg/dL e 9,66 mg/dL, e de P95 de 15,49 mg/dL e 15,23 mg/dL para os grupos 1 e 2 respectivamente, e o pico de BT teve mediana de 12,42 mg/dL e 12,68 mg/dL, e P95 de 18,08 mg/dL e 17,65 mg/dL, na mesma ordem. No teste da TAN, foram observadas taxas de encaminhamento para reteste de 2,4% no G1 e de 3,3% no G2, e no reteste foi encontrada taxa de encaminhamento para avaliação audiológica de 0,5% em ambos os grupos. Quanto aos resultados de passa e falha na TAN, não houve diferença significante quanto à ocorrência do tipo de parto, sexo, presença de incompatibilidade sanguínea Rh e ABO, deficiência de G6PD e realização de fototerapia em ambos os grupos. Os níveis de BT e BI no primeiro exame e no momento do pico não diferiram entre os RN com resultado passa e falha na TAN-teste em ambos os grupos. Concluiu-se que níveis de bilirrubina no período neonatal abaixo dos valores recomendados para indicação da exsanguinotransfusão não estão diretamente relacionados ao resultado falha na TAN em neonatos a termo e prematuros tardios. Recomenda-se, portanto, classificar como critério de risco apenas a hiperbilirrubinemia com exsanguinotransfusão. |