Produzir para construir: a indústria cerâmica paulistana no período da primeira república (1889-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Salla, Natália Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-04022015-113635/
Resumo: A produção de materiais cerâmicos para construção, notadamente tijolos, telhas, tubos e manilhas, confeccionados a partir de argila, na cidade de São Paulo no período da Primeira República é o tema desse trabalho. O consumo desses materiais cresceu consideravelmente nos anos finais do século XIX não obstante seu emprego nas edificações da capital paulista fosse presente anteriormente em consequência do aumento no número de construções na Primeira República. Entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, a fabricação de cerâmica para a realização das construções passou a ser efetuada por diversas olarias instaladas no território da cidade, organizadas em estabelecimentos dos mais diversos portes. As semelhanças referentes à matéria prima e às tecnologias da produção (levando-se em consideração as alterações dessas ao longo das décadas) condicionaram a categorização e a especialização dos estabelecimentos. O aumento no número de fabricantes foi acompanhado, ainda, de investigações para o melhoramento do material produzido, almejado através das pesquisas e experiências científicas realizadas pelos engenheiros no Gabinete de Resistência de Materiais da Escola Politécnica de São Paulo a partir de 1899 denominado, a partir de 1926, Laboratório de Ensaio de Materiais. Os avanços técnicos alcançados em São Paulo em relação ao conhecimento da matéria prima utilizada na fabricação da cerâmica e às características dos produtos são também apresentados no trabalho. A história da administração da cidade nesse período é norteadora do presente trabalho, pois suas normativas legais geraram registros os quais são utilizados para apresentar as olarias paulistanas, tanto quantitativamente como qualitativamente sobretudo através dos impostos gerados pela realização de atividades econômicas dentro do território do município. Discute-se a produção material do espaço urbano, conformado pela indústria de materiais cerâmicos de construção e o condicionamento desta à demanda e às normativas desse mesmo território e sua administração. Dessa forma, a apresentação das características da produção cerâmica entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX aprofunda o conhecimento sobre a história da construção em São Paulo no mesmo período, pois esta está imbricada diretamente àquela, além de ampliar o entendimento histórico sobre os processos e as possibilidades de instalação, funcionamento e produção das olarias paulistanas.