Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Miraglia, Paula Renata |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-23082011-165139/
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Resumo: |
Tomando o conflito como um dado da vida social, esse trabalho procura entender de que maneira ele, na sua forma de violência e criminalidade, se mistura ao cotidiano da cidade de São Paulo, provocando a pergunta: a violência pertence à regra ou é da ordem da exceção? A leitura espacializada do fenômeno construída pelos dados de homicídios no Brasil e em São Paulo, a etnografia de um bairro da Zonal Sul de São Paulo, e os dados sobre jovens cumprindo medidas sócio-educativas, são os pontos de partida para refletir sobre os altos níveis e as modalidades de violência empreendidas na sociedade brasileira. A pesquisa permite acompanhar como a violência entre e sai da vida de pessoas que não têm nenhum tipo de vínculo formal com a criminalidade organizada, as vezes com uma sutileza perversa, acionando praticamente todas as esferas da vida em comunidade a ponto de ser tomada como um grande pano de fundo para a própria existência. São evidenciados os limites da justiça e do aparato democrático num contexto de vulnerabilidade, as redes que amparam o envolvimento com o crime, e a privatização, em múltiplos sentidos, da segurança que empresta novos significados às idéias de contenção e repressão. As estratégias para enfrentála, as mudanças nas relações e interações entre os atores sociais, bem como suas constantes negociações, revelam uma cosmologia interna e partilhada, capaz de naturalizar a violência. |