Avaliação do perfil citotóxico da associação de Doxorrubicina com Ivermectina em um modelo celular de melanoma canino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Juliana Correa Sanchez da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-09122019-163257/
Resumo: A Ivermectina (IV) é uma lactona macrocíclica comumente utilizada no tratamento de parasitoses humanas e como endectocida na medicina veterinária, porém evidências tanto em modelos in vitro como in vivo indicam que a ivermectina pode exercer efeitos antitumorais de maneira isolada ou sinérgica. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos da associação de Doxorrubicina com a Ivermectina em um modelo celular in vitro de melanoma canino para verificar um efeito sinérgico entre esses fármacos. Para tanto, foi realizada a avaliação da citotoxidade, via de morte celular, alterações sobre o ciclo celular e ensaio de migração das células tumorais após 48 horas de tratamento. No presente estudo foi usada uma dose fixa de 0,5μM de Doxorrubicina, três doses de Ivermectina 0,5 mM, 1,5 mM e 2,5 mM, e as respectivas associações em combinação com as diferentes doses de Ivermectina, além de um controle apenas com as células tumorais sem tratamento e o DMSO (veículo). Os resultados demonstram que a associação farmacológica Doxorrubicina 0,5μM + Ivermectina 1,25 mM e Doxorrubicina 0,5μM + Ivermectina 2,5 mM aumentou significativamente o percentual de citotoxicidade celular pela via de necrose em relação aos controles e às drogas isoladas. No ensaio de avaliação do ciclo celular a ivermectina aumentou o bloqueio em G2/M induzido pela Doxorrubinina. O método de migração celular (wound healing), revelou que a associação foi capaz de diminuir a migração das células tumorais, sendo mais eficaz que a Doxorrubicina 0,5μM isolada. É possível que esse mecanismo sinérgico da Ivermectina possa ter relação com a reversão da resistência por interagir com a glicoproteína-P ou mesmos outros componentes ligados as proteínas expressas pelo fator (MDR). Conclui-se que a associação de Doxorrubicina e Ivermectina foi mais citotóxica que o tratamento de Doxorrubicina isolada, norteando novas pesquisas no ramo de reposicionamento farmacológico ou até mesmo em uma nova abordagem terapêutica.