Estudo comparativo de diferentes técnicas sorológicas para diagnóstico de infecções por Brucella abortus em búfalos (Bubalus bubalis)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva, Lilia Marcia Paulin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-25092007-101838/
Resumo: Tendo em vista a importância da bubalinocultura como fonte de proteína para o Brasil e também do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose para a evolução das cadeias produtoras de bovinos e bubalinos e, devido à escassez de estudos sobre o sorodiagnóstico da brucelose na espécie bubalina, procedimento no qual se apóia o processo de certificação de rebanhos livres e monitorados, o presente estudo objetivou comparar o desempenho de diferentes testes para o sorodiagnóstico da brucelose nessa espécie. Soros de 696 fêmeas bubalinas adultas foram submetidos aos testes qualitativos BPA, AATE, AAT e quantitativos: SRP, SLT, ELISAI, ELISAC, PF e ME e FC. Foi empregada, gold standard, a combinação de dois testes, FC e ME, considerando dois critérios: a) animais positivos para os reagentes na FC (título &ge; 20UI) e no ME (critério para fêmea vacinada) e como negativos os animais não reagentes na FC (título < 20UI) e no ME; b) animais positivos os reagentes na FC (título &ge; =20UI) e no ME (critério para fêmea não vacinada) e negativos os não reagentes na FC (título < 20UI) e no ME. Esta consideração foi necessária em função dos animais não apresentarem histórico de vacinação confiável o que interfere na determinação do ponto de corte a ser utilizado no teste ME de animais vacinados e não vacinados. Desta forma, numa primeira análise todos os animais foram avaliados no ME como vacinados e em outra como não vacinados. Com base nesses resultados, foi construída a curva ROC para todos os testes quantitativos (SRP, SLT, ELISAC, ELISAI e PF). Com os resultados dessa análise estabeleceu-se pontos de corte que otimizam os valores de sensibilidade e especificidade relativas para cada teste. Esses valores foram utilizados para o cálculo do índice de concordância Kappa para cada teste, incluindo os qualitativos. Concluiu-se que: a) os resultados dos estudos com os testes de ELISAC e PF em bovinos podem ser inferidos para bubalinos com razoável segurança; b) devem ser estabelecidos pontos de corte específicos para búfalos para o SLT, o SRP e o ELISAI; c) as melhores combinações de sensibilidade e especificidade relativas foram alcançadas pelo ELISAC, o PF, o BPA e o AAT; d) os melhores resultados de Kappa foram verificados para o ELISAC (kappa), PF, BPA, AATE e AAT; e) o BPA, AAT e AATE são os melhores testes para o sorodiagnóstico de triagem em bubalinos e o ELISAC e o PF são os mais promissores testes confirmatórios nessa espécie, já que ganhos adicionais de especificidade podem ser alcançados pelo aumento do ponto de corte.