Produção Científica na Área de Odontologia Preventiva e Social. Brasil, 1986-1993

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Narvai, Paulo Capel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-02102014-105030/
Resumo: A produção científica brasileira na área de odontologia preventiva e social, no período de 1986 a 1993, foi identificada e analisada com o objetivo de verificar a hipótese de essa produção ter contemplado as temáticas relativas às políticas de saúde e ao sistema de saúde, contribuindo assim para a compreensão e superação dos problemas enfrentados pelo país no âmbito da saúde bucal coletiva. A abordagem dessa produção foi feita através de artigos publicados em revistas científicas brasileiras, dirigidas à odontologia ou à saúde pública/coletiva lato sensu, admitindo-se que tais artigos são indicadores da referida produção. Realizou-se um survey analítico através do qual foi possível conhecer, dentre outros aspectos, a origem institucional dos autores, suas titulações e preocupações temáticas, os tipos de pesquisas realizadas e as modalidades de artigos delas decorrentes, bem como suas fontes de financiamento. O período estudado abrangeu o intervalo entre a I e a II Conferência Nacional de Saúde Bucal. Foram analisados 386 artigos, publicados em 19 periódicos, por pelo menos 866 autores. Mais de três quartas partes dessa produção teve origem na universidade pública. RGO foi o periódico que mais publicou nesta área, seguido pela Revista da APCD. Dos textos, 56,7 por cento corresponderam a artigos originais. Revisões de literatura e ensaios somaram 30,3 por cento . Mais da metade dos autores desenvolviam suas atividades no estado de São Paulo. O sexo masculino predominou. Admite-se deficiência quantitativa no conjunto da produção da área, a qual se situa em torno de no máximo 50 por cento do seu potencial. A política de saúde foi tema específico em apenas 3 artigos (0,8 por cento ) e sistema de saúde em 7 (1,8 por cento ). Tais resultados, modestíssimos e indicativos de desinteresse e/ou dificuldades dos autores em abordá-los, levaram à rejeição da hipótese, concluindo-se que, no crucial período histórico de reconquista e consolidação das liberdades democráticas, a produção científica odontológica não se ocupou devidamente das questões relacionadas às políticas de saúde e ao sistema de saúde brasileiro.