O encontro com as coisas e o ato do fazer: trânsitos entre a arte e a clínica da terapia ocupacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Corrêa, Maria Cecilia Martins Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-24102022-132121/
Resumo: O encontro clínico acontece no mundo e constitui um conhecimento tácito difícil de comunicar. Assim, o objetivo deste estudo foi dar voz a uma prática clínica terapêutica ocupacional que ocorreu na interface dos campos da arte e da terapia ocupacional, e teve como referência a psicanálise de Donald Winnicott - cuja obra contribui para a compreensão das condições necessárias para o desenvolvimento humano desde a constituição da experiência de ser até a apropriação, pelo gesto criativo, da dimensão cultural e da vida social. A pesquisa abordou uma prática clínica hibridizada com a arte a partir de narrativas dos encontros clínicos e de dois elementos comuns constitutivos de ambos os campos: o encontro com as coisas e o ato do fazer. Trata-se de um estudo transdisciplinar que, para adentrar o tema, adensar o entendimento e dialogar com outros pesquisadores, realizou uma pesquisa bibliográfica alimentada por um interesse formativo, buscou concepções que enriquecessem a compreensão sobre a arte e sobre o fazer clínico terapêutico ocupacional hibridizado com a arte e ampliassem o conhecimento sobre o espaço fronteiriço entre esses campos. Então, esta dissertação se propôs estudar a clínica e o espaço intervalar entre os campos e se sustentou metodologicamente nos princípios do dialogismo de Mikhail Bakhtin e na força germinativa que as narrativas estabelecem através do tempo, segundo o pensamento de Walter Benjamin. A interlocução com os diversos autores acessados a respeito dos dois elementos constitutivos estudados, somada à análise das narrativas clínicas, permitiu a observação de uma relação de complementariedade e reciprocidade entre os campos, isto é, ambos os campos de conhecimento apresentam noções ao outro que orientam a maneira de perceber, conceber e pensar a si próprio.