AIDS e gravidez: desafios para o cuidado nos Serviços de Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Landroni, Maria Angela Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-18052023-133006/
Resumo: Embora as medidas para profilaxia da transmissão vertical do HIV tenham representado um grande avanço, no contexto do HIV/AIDS, as mesmas estão longe de esgotar as inúmeras questões envolvidas nesse campo. Muitas demandas de mulheres vivendo com HIV/AIDS em relação à sua saúde reprodutiva também mereceriam o acolhimento por parte dos serviços de saúde. O estudo buscou compreender, a partir das perspectivas de mulheres vivendo com HIV/AIDS, como o Cuidado pode ser incorporado nas práticas assistenciais contribuindo para a saúde reprodutiva desse grupo e prevenção da transmissão vertical. Foram entrevistadas em profundidade, a partir de roteiro temático, 14 mulheres que engravidaram enquanto estavam sendo seguidas em um serviço especializado em DST/AIDS do Município de São Paulo. O intervalo médio entre matrícula no serviço e o diagnóstico da gravidez foi de aproximadamente 2 anos, sugerindo a possibilidade de orientação prévia sobre saúde reprodutiva e gravidez para estas mulheres. As entrevistadas avaliaram positivamente o serviço, porém os resultados obtidos identificaram dificuldades no aconselhamento em saúde reprodutiva. As demandas trazidas pelas mulheres para o serviço no momento em que decidiram pela gravidez, bem como quando desejaram evitá-la e, até mesmo, diante da opção pela interrupção de uma gestação indesejada, não foram acolhidas, evidenciando dificuldades na incorporação da dimensão cuidadora nas práticas assistenciais. O modelo médico centrado e as tecnologias empregadas visam primordialmente o controle da infecção, desconsiderando as intersubjetividades envolvidas no momento assistencial e os projetos de felicidade das mulheres, indicando a necessidade de se elaborar tecnologias que de fato considerem o Cuidado nas práticas assistenciais propostas.