Estudo evolutivo das crianças expostas ao HIV e notificadas pelo núcleo de vigilância epidemiológica do HCFMRP-USP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Silva, Adriana Nunes Fernandes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-10102006-102046/
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a evolução de crianças nascidas de mães positivas para o HIV ou com AIDS no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, durante o período compreendido entre 1986 e 2001. Foram levantadas informações relativas a profilaxia pré-natal e da criança ao nascer, assim como à reversão sorológica, soropositividade e sobrevida. Dos 680 participantes, 67 (9,8%) se infectaram, 520 (76,5%) não se infectaram e 93 (13,7%) ficaram sem informação devido ao abandono de seguimento. Profilaxia durante a gestação ocorreu em 144 mulheres com o uso de uma droga (21,2%) e em 77 com a utilização de duas ou mais drogas (11,3%), não tendo se verificado em 459 gestantes (67,5%). Entre os recém nascidos, 205 (30,1%) receberam apenas AZT, 134 (19,7%) foram medicados com AZT+SMX/TMP e 341 (50,1%) não foram tratados. Ocorreu óbito de 39 crianças (5,7%), com 559 (82,2%) tendo permanecido vivas e 82 (12,0%) cuja informação foi perdida. O percentual de óbito foi consideravelmente mais elevado entre os que não receberam profilaxia (9,7%), em relação aos que receberam apenas AZT (2,9%). Não se verificou nenhuma morte entre as 134 crianças em uso AZT+SMX/TMP. As proporções de óbitos variaram de acordo com o tempo, atingindo 9,5% no período pré-profilaxia (1986/1995) e caindo para 2,7% entre os anos de 1996 e 2001. Entre os 67 indivíduos infectados pelo HIV foram verificadas 22 mortes (33,8%), valor muito superior ao encontrado entre os 520 não infectados, nos quais ocorreram apenas 4 óbitos (0,8%). Os tempos medianos de reversão sorológica foram iguais a 589 dias para os nascidos de 1986 a 1995, e 451 dias, para os que nasceram no período 1996 a 2001. As curvas de sobrevivência demonstraram o evidente favorecimento dos indivíduos que foram submetidos a algum tipo de profilaxia, indicando que a intervenção terapêutica trouxe ganhos inquestionáveis para os recém nascidos de gestantes positivas para o HIV ou com AIDS.