Efeitos do reflorestamento e do desmatamento sobre a hidrologia, erosão de solo e fluxo de nutrientes em microbacias no semi-árido do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Andrade, Guilherme de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20210918-201134/
Resumo: O trabalho foi conduzido no nordeste brasileiro, em Cruzeta, RN (latitude 6°26?S e longitude 36°35? W) no trópico semi-árido. Durante o período de 1984 a 1989, foram feitas medições de precipitação, escoamento superficial, perda de sedimentos do solo e fluxo de nutrientes em três microbacias de aproximadamente 1,0 ha cada. Estas, receberam os seguintes tratamentos: ?A? - desmatada e reflorestada com <i>Prosopis juliflora</i> (algaroba), realizando-se capinas totais nos dois primeiros anos e coroamento a partir do terceiro ano; ?B? - desmatada, sendo que a vegetação de regeneração natural foi roçada uma vez por ano, antes do período chuvoso; e ?C? - foi mantida com a vegetação nativa de caatinga. A análise dos dados mostrou os seguintes resultados: a) o somatório das quantidades precipitadas para as chuvas maiores que 20 mm representou, em termos médios para o período experimental, 59 % do volume total de precipitação anual; porém, no que se refere a intensidade das chuvas com duração igual ou maior do que uma hora, em média, 78 % destas tiveram valores inferiores a 20 mm/h; b) no primeiro ano após o desmatamento nas microbacias ?A? e ?B? os coeficientes de escoamento superficial da água de chuva nestas foram cerca do dobro do verificado para a microbacia ?C?; c) os totais de perda de sedimentos do solo foram também maiores (acima de 128%) para estas duas microbacias em comparação com o observado na microbacia ?C? (248 Kg/ha); d) durante o período de cinco anos de crescimento das algarobeiras, a microbacia ?A? não apresentou alterações significativas no coeficiente de escoamento quando comparada com a microbacia testemunha; e) foram encontradas perdas maiores de nutrientes pela lixiviação do solo no escoamento superficial da água de chuva nas microbacias ?A? e ?B? nos dois primeiros anos, as quais foram atribuídas conjuntamente ao desmatamento, destaca e aos valores altos de escoamento.