Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Vital, Ana Rosa Tundis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-113853/
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Resumo: |
Neste trabalho estudou-se o balanço hídrico em duas microbacias adjacentes reflorestadas com Eucalyptus saligna Smith. e o efeito do corte raso no balanço hídrico, qualidade química e parâmetros físicos da água, ciclagem de nutrientes, perdas de solo e quantidade de nutrientes minerais exportados com a biomassa lenhosa após o tratamento em uma das microbacias. As microbacias experimentais localizam-se no Vale do Paraíba, Fazenda Bela Vista III, pertencente à Votorantim Celulose e Papel S/A, entre as coordenadas 25°25 de latitude sul e 45°54 de longitude a oeste de Greenwich com altitude média de 695 m, Município de Santa Branca, Estado de São Paulo, onde o clima é do tipo Cwa, segundo a classificação de Köeppen, caracterizado como temperado de inverno seco, onde a precipitação média anual é de 1.562 mm. Na região predomina o solo podzólico Vermelho amarelo álico Tb A moderado e textura média argilosa. A microbacia A possui uma área de 7,0 ha, sendo 3,3% da área de mata ciliar, com uma declividade média de 19,6%; a área da microbacia B é de 6,5 ha, com 2,1% da área de mata ciliar e declividade média de 28,9%. O período experimental total foi de oito anos, tendo a comparação sido feita entre os dados dos sete primeiros anos antes do corte raso da plantação de eucalipto, aos sete anos de idade, com os obtidos durante o primeiro ano após o corte. A microbacia B permaneceu com a plantação de eucalipto inalterada. Além da precipitação e da vazão, foram obtidas durante o período experimental amostras da água da chuva e do deflúvio, para fins de análises da qualidade da água e quantificação da ciclagem geoquímica de nutrientes N03, K+, Ca++, Mg++, Fe++ e Na+. A quantidade de nutrientes exportados com a biomassa lenhosa foi obtida a partir da estimativa da biomassa arbórea e do conteúdo de nutrientes (fitomassa e mineralomassa, respectivamente) da parte aérea das árvores. Para os oito anos do período experimental, em termos médios, o balanço hídrico para as duas microbacias mostrou os seguintes valores: Microbacia A: Antes do corte (média de 7 anos): Precipitação: 1329mm Deflúvio: 145mm Depois do corte: (1 ano) : Precipitação: 1321mm Deflúvio: 115mm Microbacia B: Média de 7 anos: Precipitação: 1329mm Deflúvio: 201mm A evapotranspiração média anual para o período experimental foi de: 1186mm para microbacia A, representando 89,3% de precipitação média anual e 1129mm para microbacia B, representando 84,9% da precipitação média anual (antes do corte); e 1205 para microbacia A, representando 91,3% da precipitação média anual (pós-corte). A diferença entre a entrada de nutrientes pela água da chuva e perda através do deflúvio apresentou os seguintes resultados, em termos médios anuais, para o balanço geoquímico em kg.ha-1.ano-1 : N03- 8,81; K+ 0,91; Ca++ 1,47; Mg++0,37; Fe++ -1,91; Na+ 1,69 para a microbacia A e N03- 8,44; K+ 2,75; Ca++ 2,04; Mg++ -0,16; Fe++ 0,06; Na+ 0,33 para microbacia B (antes do corte) e N03- 8,19; K+ 1,14; Ca++ 4,47; Mg++ 1,70; Fe++ -4,63 e Na+ 1,92 para microbacia A (pós-corte). Os parâmetros físicos condutividade, cor e turbidez apresentaram alta variabilidade para ambas as bacias; já o pH e a condutividade elétrica mostraram-se praticamente inalterados durante os sete primeiros anos, sendo que na microbacia A, estes parâmetros foram sempre mais elevados do que os da microbacia B. Após o corte a microbacia teve um aumento significativo, principalmente para condutividade, cor, turbidez e sedimentos em suspensão. Os sedimentos em suspensão na água do deflúvio totalizaram perdas médias da ordem de 19,8 e 24,0 kg.ha-1.ano-1, respectivamente para microbacia A e microbacia B (antes do corte) e 41,5 kg.ha-1.ano<sup-1 (após o corte) para microbacia A, em termos médio para o período. Devido à problemas ocorridos em equipamento no campo, não foi possível obter dados de deflúvio na microbacia B para a maior parte do último ano do período experimental. A produção de biomassa acima do solo para plantação de E. saligna aos sete anos de idade totalizou 178,1 t/ha, assim distribuídos: 145,2 t de lenho, 14,7 t de casca, 13,62 t de ramos e 4,6 t.ha-1 de folhas. A quantidade de nutrientes contidos na biomassa total foi de 200,8 kg de N, 52,8 de P, 308,3 kg de K, 796,1 kg de Ca, 133,13 kg de Mg e 30,6 kg de S |