Efeitos agudos de diferentes métodos de alongamento sobre a performance da força máxima, potência e parâmetros neuromusculares em jovens jogadores de futebol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Lucas de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-23042018-140649/
Resumo: O objetivo da presente dissertação foi comparar os efeitos agudos de diferentes métodos de alongamento sobre a performance em testes motores e parâmetros neuromusculares. Para tanto, foram realizados dois estudos. Participaram do estudo 1, doze jogadores de futebol treinados, sendo submetidos a 5 condições experimentais: alongamento ativo (AT), balístico (BA), passivo (PA), facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) ou condição controle (CO), em ordem randomizada e com intervalo mínimo de 48 h entre cada condição. Foram avaliados a altura de salto (H), potência pico (PP) e potência relativa (PR) no squat jump (SJ) e countermovent jump (CMJ), amplitude de movimento (ADM), tempo (s) nos 10-20-30 m durante o sprint e percepção subjetiva de esforço (PSE). Os métodos de alongamento AT e BA não promoveram alterações agudas na performance nos 10, 20 e 30 m, e na H, PP e PR em ambas as técnicas CMJ e SJ. Por outro lado, os métodos PA e FNP promoveram efeitos negativos (p<0.05) na performance na H, PP e PR no CMJ e SJ. Além disso, escores significativamente superiores de PSE foram relatados após as sessões de alongamento PA e FNP em comparação a AT e BA. Foram encontrados aumentos significativos em ADM após todos os métodos de alongamento. Portanto, os métodos AT e BA podem ser utilizados previamente a atividades de salto vertical e sprint, com o objetido de aumento de flexibilidade. Já os métodos PA e FNP devem ser evitados, em função das maiores intensidades alcançadas nestas condições e pela extensa possibilidade de efeitos negativos posteriores na performance do salto vertical. Para o estudo 2, os jogadores de futebol foram submetidos as mesmas condições experimentais (CO, AT, BA, PA e FNP). Porem, foram avaliados a força máxima por meio do teste de uma repetição máxima (1 RM) para o exercício agachamento completo, e parâmetros neuromusculares através da técnica do twitch interpolation. Foram monitorados as variáveis força pico, taxa de desenvolvimento de força, amplitude da twitch superimposed e twitch potentiated, e percentual de ativação voluntária referentes ao sinal de força, e a root mean square, M-Wave e razão RMS/M-Wave referentes ao sinal eletromigráfico (EMG) (músculos: vasto lateral e reto femoral), durante contrações voluntária isométrica máxima (CVM) de extensão de joelho. Não foram encontradas alterações significativas na performance do teste de 1 RM e CVM após as condições CO, AT, BA, PA e FNP. Além disso, também não foram encontradas alterações significativas nas variáveis relativas ao sinal EMG. Dessa forma, sessões de alongamento semelhantes a do estudo [3 séries x 30 s de alongamento à 100% do point of discomfort (POD)], independente do método de alongamento, parecem não promover efeitos negativos posteriores na performance da força máxima e em parâmetros neuromusculares em atletas treinados.