Global antiphospholipid syndrome score e anti-Beta-2-glicoproteína I domínio I na estratificação de risco trombótico da síndrome antifosfolípide: um estudo prospectivo de 4 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nascimento, Iana Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-28102020-165919/
Resumo: OBJETIVOS: Avaliar prospectivamente o papel do anticorpo anti-domínio I da Beta-2-glicoproteína I (anti-Domínio I) e do Escore Global da Síndrome Antifosfolípide (do inglês Global Antiphospholipid Syndrome Score) (GAPSS) na identificação de pacientes com síndrome antifosfolípide (SAF) com maior risco de apresentar um novo evento trombótico. MÉTODOS: Pacientes com SAF trombótica foram seguidos no período de maio de 2013 a julho de 2017. À admissão no estudo, foram analisados os anticorpos antifosfolípides anticoagulante lúpico, anticardiolipina, anti-ß2-glicoproteína I e antifosfatidilserina-protrombina (aPS/PT) IgG/IgM e anti-Domínio I IgG e foi calculado o GAPSS de cada paciente. RESULTADOS: 44 pacientes (43 ± 10 anos, 89% sexo feminino, 73% SAF primária) foram seguidos por 39 meses (9- 46). Nesse período, quatro novas tromboses ocorreram, duas delas após interrupção do antagonista da vitamina K. Os dois pacientes com evento recorrente apresentaram GAPSS mais alto (20) e eram triplo positivos e anti- Domínio I-positivos; os demais pacientes tiveram GAPSS mais baixo (mediana 10,5, 0-20) e menor taxa de triplo positivos (33%) e de anti-Domínio I-positivos (38%). anti-Domínio I foi associado com alto GAPSS (mediana 19 vs. 7, p < 0,001; correlação de Pearson 0,82, p < 0,001), tripla positividade (83% vs. 4%, p < 0,001) e com o anticorpo aPS/PT (94% vs. 50%, p=0,002). CONCLUSÃO: Os dados mostram uma correlação significativa entre o escore de risco validado GAPSS e o anticorpo antifosfolípide não critério anti-Domínio I. Futuros estudos são necessários, mas os dados permitem especular um papel do anticorpo anti-Domínio I como uma ferramenta de estratificação de risco de novos eventos trombóticos na SAF