Friedrich Heinrich Jacobi: a história natural da filosofia especulativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Martone, Juliana Ferraci
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-15022021-133930/
Resumo: A tese pretende apresentar a filosofia, ou melhor, a denominada não-filosofia ou não saber de Friedrich Heinrich Jacobi e, de modo mais amplo, esboçar uma resposta para a pergunta sobre o próprio significado do filosofar, partindo do pressuposto jacobiano de que filosofia viva é história, de que o modo de vida é anterior ao modo de pensar. A condição humana é inevitavelmente marcada por um hiato ou um dualismo, pois o homem não é capaz de unificar, de um lado, a existência e, de outro, o saber. Em outras palavras, a ordem do ser e do conhecer não são equivalentes, e filosofia alguma poderá encontrar essa síntese impossível (o \"monossílabo criador\"). Quando ela tenta unifica-los (monismo), cai no fatalismo ou niilismo: renuncia ou à existência, ou ao saber conceitual. Jacobi mostra como a solução para esse dualismo não está no interior do próprio saber, cuja tendência é sempre a unificação de mediações, mas sim no sábio não saber (wissendes Nichtwissen), isto é, na conduta pessoal ou ação moral e política na sociedade, portanto numa filosofia pessoal; não num imperativo, mas num \"optativo categórico\".