Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Roberta de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-14052019-130545/
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Resumo: |
Introdução - Os padrões alimentares de refeições, comparados aos padrões diários, discriminam com mais acuidade a alimentação dos indivíduos, que por sua vez é muito influenciada pela renda, no entanto há poucos estudos. Objetivos - Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre as definições de café da manhã, almoço e jantar. Adaptar um índice de qualidade do café da manhã. Estudar os padrões de refeições de indivíduos em situação de pobreza. Métodos - Foi realizada uma extensiva busca em base de dados online. Breakfast Quality Meal Index (BMQI) foi baseado e adaptado do Main Meal Quality Index e recomendações internacionais para avaliar a qualidade do café da manhã. Foram utilizados dados brasileiros da Pesquisa de Orçamentos Familiares e britânicos do National Diet and Nutrition Survey para comparar os padrões de refeições de indivíduos em situação de pobreza através de três parâmetros: frequência alimentar, omissão das refeições e qualidade da refeição. Foram considerados em pobreza relativa os indivíduos com renda equivalente, em dólar, abaixo de 60% da mediana da renda nacional anual equivalente, perfazendo uma amostra final de 3073 brasileiros e 464 britânicos. As análises estatísticas foram efetuadas no STATA®, sendo considerado o nível de significância de 5%. Resultados - A revisão sistemática encontrou 21 definições distintas de refeições que variaram de um a quatro critérios usados simultaneamente. As definições mais utilizadas foram \"pre-determined eating events\" (61.5% dos estudos), \"self-report\" (13.1%) e \"time-of-day\" (7.8%). O BMQI foi positivamente associado com carboidrato (g), proteína (g), fibra (g), vitaminas e minerais (mg) e negativamente associado com gordura total (g), gordura saturada (g), colesterol (mg), e açúcar de adição (g). O BMQI foi positivamente associado com idade, renda, área rural e qualidade da dieta; e negativamente associado com o índice de massa corpórea. Na comparação dos padrões de refeições de brasileiros e britânicos em situação de pobreza, estes últimos realizaram mais refeições (4,7 versus 3,8) (p<0,001), no entanto, os brasileiros pularam menos o café da manhã, almoço e jantar. Não houve diferença entre os países para a qualidade geral do café da manhã, porém, em relação aos componentes, os britânicos apresentaram melhores pontuações para proteína, cálcio e frutas e os brasileiros para fibra, gordura saturada, açúcar de adição e carne processada (p<0,001). Os brasileiros apresentaram melhores pontuações para almoço e jantar (69,2 e 62,1 respectivamente) quando comparados aos britânicos (45,9 e 48,3, respectivamente). As pontuações de gordura saturada e gordura total do almoço e jantar dos brasileiros superaram o dobro dos indivíduos britânicos. Conclusões - Levando em consideração o número de diferentes definições de refeições, um consenso é necessário na sua padronização. O BMQI identificou a qualidade do café da manhã, mostrando um papel protetor contra o excesso de peso nos brasileiros. Brasileiros em situação de pobreza apresentaram melhores padrões de refeições, pularam menos refeições e apresentaram melhor qualidade de almoço e jantar e melhor escore para marcadores de dieta saudável quando comparados aos britânicos. |