Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Moura, Gilnei Luiz de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-19012009-114758/
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Resumo: |
Um dos determinantes da competitividade é a inovação. O P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) de uma organização pode levar a um diferencial competitivo. Por isso o planejamento estratégico deve ficar atento à decisão estratégica de qual P&D empreender, e em que nível de recursos e prioridade. A integração entre as estratégias de P&D com as tecnologias e estratégias de negócios da organização é tão fundamental quanto a inclusão na administração organizacional do processo de P&D. Todavia a integração entre P&D e planejamento estratégico organizacional é uma tarefa árdua e complexa para qualquer organização. Esta pesquisa aponta para uma proposta de discutir a idéia de que o P&D e o planejamento estratégico devem ser simultaneamente integrados, i.e., o P&D deve conhecer e se envolver nas viabilidades econômico-comerciais de seus projetos e o planejamento estratégico deve considerá-lo nas macro-estratégias da corporação. De forma objetiva, pretende-se não só investigar a relação P&D e o processo de planejamento estratégico, como também examinar sua integração e complementaridade por meio dos processos decisórios e alinhamentos estratégicos em organizações que têm a P&D como importante diferencial competitivo. Para tanto, definem-se como esfera a ser analisada as subsidiárias brasileiras das montadoras de automóveis. Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa aplicada e tem um \'design\' do tipo de avaliação. Trata-se, portanto, de uma pesquisa exploratória. Quanto aos procedimentos, o trabalho apresenta características tanto de uma pesquisa experimental como de um estudo de caso. O plano de pesquisa adotado foi o de pesquisa exploratória, com vieses de pesquisa descritiva, em que os dados coletados foram tanto de natureza qualitativa como quantitativa. A avaliação qualitativa nesta pesquisa deu-se pela descrição, compreensão e interpretação dos fatos coletados, em contraposição a algumas avaliações quantitativas. A população-alvo da presente pesquisa foi composta por executivos de alto escalão de sete montadoras automobilísticas (Fiat, Ford, GM, Nissan, Pegeout, Renault e Volkswagen) que têm influência e contato nos Processos de Planejamento Estratégico e P&D. Para a coleta dos dados primários foram utilizadas entrevistas em profundidade e questionários semi-abertos e semi-estruturados. Como resultados, tem-se que: (i) há participação da alta direção no processo decisório de P&D; (ii) o pessoal de P&D tem autonomia nas decisões em suas áreas de atuação e no levantamento dos problemas a serem discutidos e analisados; (iii) o pessoal de P&D participa constantemente da definição do risco técnico de um negócio em todas as empresas, mas em algumas não participam do risco comercial deste negócio; (iv) as competências tecnológicas são levadas em consideração no planejamento estratégico; (v) existem correlações entre o Planejamento Estratégico e o P&D das montadoras, baseadas na relação da missão, visão e valores com quatro estratégias tecnológicas: 1. aumento da tecnologia existente, 2. transformação de oportunidades em usos práticos, 3. processo integrado entre o (1) e (2), e 4. novos processos e novas tecnologias; (vi) os objetivos tecnológicos são compatíveis com os objetivos estratégicos; (vii) as atualizações da estratégia corporativa e da estratégia tecnológica ocorrem de acordo com a política de cada empresa, havendo muitas semelhanças entre as atualizações dessas duas estratégias. Como conclusão deste trabalho tem-se que, respaldando-se em seu referencial teórico, há evolução na aproximação dos gestores de inovação com os responsáveis pelo processo de planejamento estratégico, dados os altos investimentos em P&D nos últimos anos. Por fim, quatro suposições são levantadas ao término desta pesquisa: (a) nas montadoras há uma tendência de um estilo de gestão alternativa com vieses participativos; (b) o monitoramento da adaptabilidade explica a rapidez na disseminação das inovações nos produtos finais ao mercado consumidor; (c) as matrizes apresentam forte controle nas decisões ligadas às tecnologias adotadas pela direção de suas filiais; e (d) nas montadoras há uma sincronia entre a atualização da estratégia corporativa e a atualização da estratégia tecnológica. |